Saiba quais são os principais tipos de pneus e qual o mais adequado para cada veículo.
Os pneus são partes fundamentais de todo e qualquer veículo, pois eles oferecem estabilidade, segurança, conforto e economia. No entanto, ainda que todos possuam esses atributos, é fundamental entender os tipos de pneus para escolher o mais adequado à situação ou modelo veicular.
O pneu é feito de uma borracha especial. Sua composição envolve a mistura de borracha sintética e natural, petróleo, aço e poliéster. Todos esses elementos são cuidadosamente estruturados e balanceados para que os pneus tenham a performance adequada à cada veículo e situação de momento.
Os pneus são os únicos pontos de contato entre veículo e a pista de rolamento. Só desse fato pode-se depreender que pneus apropriados e em bom estado são importantíssimos tanto para a segurança dos passageiros, como ao desempenho da máquina.
Não importa o quão eficientes, potentes ou caros sejam o motor, os freios e o ABS: os três dependem da aderência dos pneus ao solo. Importante lembrar que não é o pneu todo que está em contato com o piso, mas, sim, quatro (no caso de automóveis) pequenas áreas retangulares, que somadas não chegam a 30 centímetros quadrados.
O pneu é, basicamente, um recipiente tubular fechado e flexível, contendo ar comprimido, com várias funções.
Os dois primeiros pontos dependem integralmente do fato do pneu ser elástico e estar cheio de ar comprimido (ou seja, inflado). Já os dois últimos relacionam-se com o princípio de que o pneu oferece grande atrito com o solo.
Quanto mais atrito, menos derrapagem; assim, portanto, o veículo não sai “cantando pneu” em qualquer arrancada, não desliza nas curvas e consegue frear sem travar a roda.
Para cada situação e veículo, existem tipos de pneus específicos. Por isso, antes de definir o pneu do seu carro, moto ou caminhão, é preciso ter em mente a frequência e os locais de tráfego.
Cada modelo de veículo tem um tipo de pneu ideal. Caso tenha dúvidas, a resposta estará no manual do proprietário. Nele, é possível encontrar informações como a pressão correta, o controle periódico do alinhamento e do balanceamento e os tipos de pneus mais apropriados.
Este é o tipo mais comum. Os pneus on-road, próprios para asfalto, são desenvolvidos para favorecer o desempenho do veículo nessa superfície. Ele aumenta a área de contato, trazendo mais aderência, além de ser bastante eficiente no escoamento de água.
Os pneus off-road, por sua vez, são próprios para estradas de terra e lama, apresentando duas características indispensáveis: alta frenagem e estabilidade.
Tais aspectos são fundamentais para resistir a terrenos irregulares sem se deformar além do esperado. Eles também favorecem a parada – ainda que brusca – com segurança, até mesmo na lama.
Por fim, esse tipo de pneu possui uma banda de rodagem mais espaçada, carcaça reforçada e sulcos mais largos.
Como o próprio nome sugere, o pneu misto é ideal para solos asfaltados e estradas de terra. Esse tipo possui alta resistência e um visual arrojado; no entanto, aumenta o consumo de combustível e o nível de ruídos em altas velocidades.
Outro ponto negativo pesa no bolso do motorista: seu valor costuma ser mais alto comparado aos pneus específicos de asfalto ou off-road. Por isso, só vale a pena fazer esse investimento se o motorista passa frequentemente pelos dois tipos de estrada.
Chegamos à modalidade mais ecológica dessa série. Os pneus verdes são mais leves, duram mais tempo e produzem menos ruídos. Esse tipo de pneu foi desenvolvido com o propósito de diminuir o consumo de combustível e emissão de gases poluentes.
Além disso, o pneu verde tem ótimo desempenho em pista molhada, o que reduz o risco de aquaplanagem.
Os pneus radiais possuem uma banda de rodagem mais duradoura e são altamente indicados para quem vai percorrer altas velocidades. Eles garantem melhor desempenho nas curvas, além da ótima qualidade em frenagens.
Há dois tipos de pneus para carga. Se você possui uma caminhonete derivada de carros de passeio (exemplo: Ford Courier, Chevrolet Montana e Fiat Strada), recomenda-se colocar pneus marcados com o “código C” logo após a medida.
Já os utilitários leves, como caminhonetes maiores, furgões (vans) e utilitários esportivos (as chamadas SUVs) requerem pneus marcados com a sigla LT (Light Truck).
No Brasil, os proprietários acabam escolhendo pneus de passeio porque são mais baratos e mais macios para dirigir. No entanto, esse tipo de pneu não é o correto para as situações descritas acima; e, dependendo do seu uso, pode causar acidentes.
Caso a SUV sirva somente para passeios, é permitido usar pneus convencionais. Mas se o veículo puxar uma carreta, trailer, ou carregar muita carga com frequência, é melhor gastar um pouco mais com o pneu LT.
Vale enfatizar que pneus gastos e não adequados ao terreno e ao veículo põem em risco as vidas do motorista e dos passageiros. Não basta comprar o item apenas pela aparência ou pela marca. É preciso trocar os pneus sempre que houver desgaste em excesso.
Recauchutar, ressulcar (“frisar”) e re-vulcanizar pneus também não são boas ideias. Pneus novos são relativamente baratos e, se trocados de forma planejada, não ficarão carecas por um bom tempo.
Mas como saber a hora de trocar? O próprio pneu “avisa”! Atualmente, todos os pneus possuem um indicador de desgaste, chamado de TWI, ou Tire Wear Indicator.
Há dois tipos básicos de TWI, e a maioria dos pneus vêm com ambos. O primeiro deles é um ressalto de borracha dentro dos sulcos maiores do pneu. À medida que o pneu se desgasta, o sulco diminui de profundidade. A partir do instante em que o asfalto passa a encostar no TWI (ou seja, quando a borracha tiver gasto até ele), chegou a hora de trocar o pneu.
O segundo tipo de TWI fica na faixa lateral e é formado por sulcos que, pelo fato de não encostarem no solo, aparentemente não deveriam ter essa função. Mas eles também são indicadores; portanto, quando o desgaste chegar neles, troque o pneu.
Existem dois TWIs diferentes por um motivo muito simples: se o veículo estiver desalinhado, os pneus vão se desgastar de modo desigual. Ou seja, se o motorista olhar para o lado de fora, os pneus ainda estarão “bons”; mas, ao observar o lado interno, pode notar um problema.
Por isso, é recomendável verificar os pneus sempre que fizer o rodízio.
Bolhas, cortes, furos e afins. Esses elementos indicam apenas uma coisa: troque os pneus urgentemente! Ao se deparar com esse tipo de anomalia, não pense duas vezes.
Normalmente, as bolhas indicam que a malha de aço ou de tecido no pneu se rompeu, de modo que apenas a borracha está segurando o ar. Nesses casos, o pneu está condenado – e isso é perigosíssimo, mesmo que a bolha não seja muito grande.
Cortes, talhos e buracos na borracha, mesmo que o pneu esteja aparentemente perfeito, podem desestabilizá-lo ou até destruí-lo inesperadamente em uma curva a alta velocidade, por exemplo.
Portanto, inspecione bem os pneus e, ao notar esses sinais, substitua-os.
Também vale destacar a relação entre a durabilidade dos pneus e o modo com que a pessoa dirige. Profissionais recomendam evitar tanto aceleradas quanto freadas bruscas.
Por fim, é preciso ficar atento aos sinais “físicos” que o veículo emite quando chega a hora da troca.
O rodízio de pneus é importantíssimo, pois previne, por exemplo, o desgaste irregular. Ao não fazê-lo, aumenta-se o consumo, o barulho, o perigo de derrapagem e, portanto, reduz o conforto na cabine de passageiros.
Além disso, a falta de rodízio significa antecipar a troca dos pneus e, portanto, gastar mais dinheiro em menos tempo.
Existem várias maneiras de combinar e permutar os pneus para rodízio. Por isso, siga sempre a forma exemplificada no manual do carro.
Essa é uma das dicas básicas, e que, justamente por ser tão “manjada”, algumas pessoas acabam esquecendo. É preciso manter os pneus sempre com a pressão recomendada – informação contida no manual do veículo e no próprio pneu.
Na pressão certa, o pneu produzirá menos calor em seu eterno atrito com o solo, reduzindo seu desgaste e aumentando a economia de combustível. Além do perigo em si, o excesso ou a falta de ar fazem os pneus se desgastarem de modo desigual.
Um pneu com calibragem baixa (murcho) perde capacidade nas curvas, devido ao fato de a parede externa estar menos rígida. Um pneu cheio demais, por sua vez, apresenta menor área de contato com o chão – por isso, derrapa mais facilmente.
Se o veículo for usado para carregar carga, vale a pena calibrar com algumas libras acima do normal.
Independentemente da marca, os pneus perdem ar com o passar do tempo. Por isso, verifique e calibre o pneu ao menos uma vez por mês. Agora, se você roda frequentemente, é indicado fazer esse processo toda semana.
Guarde seu investimento para cuidar bem dos pneus novos. Para isso, é fundamental realizar o alinhamento deles, sujeitos a desequilíbrio ao rodar em ruas irregulares, passar sobre buracos e vez ou outra baterem levemente nas guias da calçada.
Além de perigoso, um veículo desalinhado é a chave para gastar mais com pneus. Por isso, recomenda-se que o alinhamento seja feito a cada 5 mil quilômetros rodados.
Outro serviço da área é o balanceamento das rodas, necessário para o momento em que novos pneus são colocados, ou quando o veículo começar a trepidar acima de 70 km/h.
Portanto, mais do que entender os tipos de pneus existentes no mercado, também é essencial ficar atento aos sinais que acusam a necessidade de manutenção.
Lembre-se que, dependendo do pneu escolhido, o custo é mais alto. No entanto, a não manutenção irá provocar danos mais graves no bolso e na segurança dos passageiros.
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