A lista é enorme e cresce com o passar do tempo. Separamos diversos tipos de combustíveis para você conhecer e diferenciá-los entre si.
Álcool, gasolina e diesel. Até um passado recente, saber os tipos de combustíveis era uma tarefa bastante tranquila. Basicamente, existiam apenas essas três opções nas bombas dos postos, sem as numerosas variações para cada uma delas.
Hoje, elas se desmembram de tal forma que ficamos até perdidos, não é mesmo?
Pois então vamos listar os principais tipos de combustíveis, suas características e diferenças. Assim, você não só irá conhecê-los melhor, como também saberá qual deles é o ideal para o seu veículo.
Boa leitura!
Os combustíveis fósseis são aqueles originados pela decomposição de animais e vegetais ao longo de milhares ou milhões de anos. Suas principais fontes são o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.
Esse tipo faz parte do dia a dia da sociedade, sendo comumente aplicado em veículos, indústrias e residências. De acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), eles representarão 75% das fontes de energia até 2040.
Vale destacar que os combustíveis fósseis não são renováveis; ou seja, um dia, suas reservas terão um fim, ainda que isso possa demorar séculos para acontecer.
Trata-se da modalidade mais convencional em relação aos veículos automotores. A gasolina faz parte dos combustíveis fósseis derivados do petróleo, e, hoje, subdivide-se em alguns tipos, dentre os quais se destacam: comum, aditivada e premium.
Como o próprio nome sugere, essa gasolina é a mais fácil de ser encontrada nos postos, além de ser a mais conhecida pelos consumidores. O fato de possuir enxofre em sua composição aumenta a emissão de poluentes, além de acumular detritos no motor ao longo do tempo.
Esse combustível, de cor amarela, também pode trazer cerca de 25% de etanol anidro.
A gasolina comum gera menor custo por litro e tem custo-benefício melhor para altas velocidades, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Por isso, é mais recomendada para veículos de menor performance que trafegam em rodovias.
A gasolina aditivada é, em tese, o mesmo tipo da comum, mas conta com outros agentes (aditivos) na composição, tornando sua cor esverdeada. Esses elementos impedem o acúmulo interno de detritos, além de realizar uma limpeza no motor. Com isso, mantém-se a combustão correta.
Consequentemente, a aditivada aumenta o rendimento do veículo, desde que ele tenha sido fabricado com uma potência mais elevada. Ao contrário da comum, recomendada para altas velocidades, a aditivada é a melhor opção para o “anda e para” das cidades, segundo a ANP.
Mas vale ressaltar que esse tipo de combustível não aumenta a potência do motor, embora muitos acreditem. Além disso, abastecer repentinamente com gasolina aditivada um veículo que só recebe comum pode causar entupimento dos bicos injetores e carburadores.
Portanto, se você quiser adicionar aditivada, faça-o de forma gradual.
Agora temos um tipo bem diferente em relação às anteriores. E em vários aspectos, a começar pelo preço, muito mais caro.
Dada sua maior octanagem, ela promove uma queima bastante eficiente, aprimorando o rendimento do veículo. Com isso, aumenta-se também a vida útil do motor, reduzindo a emissão de poluentes.
No entanto, a gasolina premium é própria para veículos com altas potências. Não faz sentido aplicá-la em modelos mais convencionais ou antigos, tanto para o aproveitamento em si como para o seu bolso.
Dentre os tipos de combustíveis fósseis, temos também o diesel, cuja fonte é o petróleo, a exemplo da gasolina. As diferenças começam na sua composição, que traz maior quantidade de hidrocarbonetos e compostos orgânicos com nitrogênio, oxigênio e enxofre.
Tais aspectos lhe garantem um alto rendimento, sendo ideais para veículos de transporte, como ônibus, caminhões, embarcações e outras máquinas pesadas. No Brasil, a legislação permite que apenas veículos com carga superior a 1000kg utilizem motor a diesel.
Aqui, interessa-nos falar de quatro subdivisões: diesel comum, diesel S-10, diesel aditivado e diesel premium.
O termo S-500 significa que o diesel comum possui 500 partes de enxofre (símbolo “S”) por milhão. Tal quantidade faz com que ele seja mais poluente em relação aos demais, além de causar mais danos ao motor.
Hoje, o tipo S-500 é indicado apenas para veículos a diesel fabricados até 2012. Modelos feitos a partir deste ano não podem mais ser abastecidos com esse componente.
Aproveitando o gancho do item anterior: veículos a diesel fabricados a partir de 2012 só podem utilizar o tipo S-10. Menos poluente, ele foi desenvolvido recentemente para atender a regras de entidades reguladoras. O termo S-10 indica que ele possui 10 partes de enxofre por milhão.
Aqui, a lógica é a mesma da gasolina. O diesel aditivado tem a mesma base do comum e do S-10, mas conta com agentes anticorrosivos, antiespumantes e desemulsificantes.
No caso do diesel, porém, tais componentes começam a agir já durante o abastecimento. A limpeza no tanque é tão grande que torna-se possível ganhar alguns litros a mais.
Até por isso, é necessário bastante critério ao utilizá-lo, levando em conta não só o aspecto financeiro, como também as características do veículo.
Este modelo também conta com aditivos multifuncionais, mas seu principal diferencial é o maior número de cetano (hidrocarboneto que mede a qualidade da ignição do óleo diesel). No caso do premium, o mínimo é de 51; já o S-10 tem mínimo de 48.
Resultado disso é a melhora no desempenho do veículo, que reduz o tempo de retomada de velocidade após freadas.
Entre os tipos de combustíveis mais notáveis, destaca-se também o etanol, popularmente chamado de álcool. E, aqui, temos uma importante diferença em relação aos modelos anteriores, pois o etanol está na categoria dos combustíveis renováveis. Sua produção ocorre principalmente pela cana-de-açúcar.
Vale destacar que, por conter 4% de água, o veículo precisa ser preparado e certificado para utilizar esse tipo de combustível sem danificar o motor.
Esta modalidade subdivide-se por etanol comum e etanol aditivado. Vamos conhecê-los.
Dada sua alta octanagem (maior do que a da gasolina), seu uso leva ao melhor aproveitamento potencial do motor, embora isso signifique também um maior consumo.
Em contrapartida ao gasto em si, o etanol é um combustível mais barato financeiramente. Então, como definir qual o melhor custo-benefício entre álcool e gasolina?
Bem, neste caso, é preciso colocar na ponta do lápis os gastos, quilometragem diária percorrida, velocidade, entre outros pontos, para tentar chegar à resposta. Realmente, buscar o equilíbrio entre economia e rendimento é uma tarefa complexa.
Aqui, ocorre o mesmo exemplo da gasolina. O tipo aditivado do álcool traz agentes que limpam o motor e ajudam a prevenir problemas nos veículos flex, como o entupimento dos bicos.E veja a relação economia x rendimento aparecendo mais uma vez!
O etanol aditivado é mais caro do que o comum, mas tem um rendimento em média 3% maior. Com isso, o veículo consome menos, ao mesmo tempo em que aproveita melhor sua potência.
Em meio à alta nos preços dos diversos tipos de combustíveis, o Gás Natural Veicular (GNV) se coloca como alternativa de baixo consumo. Ele pode ser até 60% mais barato do que a gasolina.
Diante disso, não é de se espantar que algumas pessoas têm feito a conversão para esse modelo, comprando os cilindros e instalando-os no porta-malas. Alguns veículos já vêm com o kit direto da fábrica; outros também são indicados para receber o componente.
Porém, reforçamos novamente a necessidade de analisar a fundo se vale a pena usar esse combustível. Por exemplo, os cilindros de GNV ocupam espaço considerável no porta-malas. Além disso, o motor perde em desempenho quando abastecido de gás natural, ficando mais lento.
Portanto, se o seu veículo tem alta potência e se você não costuma carregar bagagens, o GNV pode ser uma boa alternativa. Caso contrário, vale desconsiderá-lo.
Ainda que em marcha lenta no Brasil, os veículos elétricos vêm cada vez mais ganhando seu espaço na mobilidade urbana em alguns países. Isso significa que os tipos de combustíveis ganharam recentemente um novo integrante.
Com sobras, a eletricidade é a fonte menos poluente de todas citadas acima. Um dos principais obstáculos é o tempo para recarregar as baterias, embora, aos poucos, postos de recarga rápida venham sendo instalados.
Outro ponto é o custo, fator que, no caso do Brasil, torna os veículos elétricos uma realidade mais distante, salvo raras exceções.
Agora que você já sabe a respeito dos diversos tipos de combustíveis, é interessante conhecer um elemento essencial para que tais componentes operem com qualidade no motor.
A categoria dos filtros, por sinal, é bastante ampla, contando com os seguintes tipos: de ar, de óleo, de cabine, o sedimentador e o de combustível. Falaremos agora deste último.
O filtro de combustível é composto por aço, alumínio (ou até mesmo plástico), além de uma malha de papel à base de fibras de celulose. Essa malha é responsável por filtrar o combustível que chega do tanque do veículo, retirando suas impurezas para enviá-lo ao motor.
A partir disso, concluímos que o filtro sempre está localizado entre o tanque e o motor – geralmente na parte traseira do veículo.
Sua função é proteger o veículo de impurezas vindas do combustível, seja ele o etanol ou a gasolina, antes que o agente seja queimado. Além de impedir que as sujeiras cheguem aos pistões, o filtro de combustível também evita o entupimento das mangueiras.
Essas impurezas correspondem a partículas de poeira, ferrugem, e até mesmo água suja, cujo acúmulo se dá de várias formas. Elas poderiam já estar dentro do tanque; vindo do próprio combustível, ou acumulando-se ao longo do transporte.
Há uma série de aspectos que não só justificam o uso do filtro, como sobrecarregam sua operação. Exemplo: a venda de combustíveis adulterados em vários postos. Dessa forma, será necessária a troca do filtro de combustível antes do prazo previsto.
Geralmente, a substituição deve ser feita quando se atinge a marca de 10 mil a 15 mil quilômetros rodados. Mas, em caso de dúvidas, a informação também estará no manual do proprietário.
Não realizar a troca pode comprometer a bomba de combustível e sujar o sistema de injeção, principalmente nos bicos injetores. Isso pode provocar falhas e afetar o rendimento.
O filtro apresenta alguns sinais de que ele está chegando ao limite, e não necessariamente ele precisa “esperar” chegar aos 10 mil quilômetros. Portanto, fique atento aos sintomas, entre os quais se destacam:
Em suma, cuide bem deste componente. Independentemente dos tipos de combustíveis utilizados, o mais importante é escolher opções de qualidade. Também é importante evitar andar com o veículo na reserva, além de fazer uma limpeza durante a troca do filtro.
Assista aos vídeos abaixo e confira o funcionamento dos filtros de combustível Tecfil para linha leve e linha pesada.