O nome filtro de óleo ecológico gera dúvidas, mas todos sabem que o filtro de óleo tem uma função crucial no funcionamento do carro: ele é responsável por retirar as impurezas do óleo do motor, e responsável por fazer com que haja um desgaste menor nas peças do mesmo. Com o aumento das discussões sobre ecologia e descartes mais conscientes, esse filtro passou por alterações. O que muda, afinal, com o filtro de óleo ecológico?
Vale esclarecer, em primeiro lugar, que as funções continuam exatamente as mesmas. Na verdade, é muito possível que o leitor já até tenha instalado esse tipo de filtro no seu carro sem saber que era ecológico – já que, de fato, eles funcionam da mesma forma.
Os dois têm até mesmo um elemento central igual em sua composição: o elemento filtrante, feito geralmente de um papel sintético e plissado de uma forma específica. Tudo para que o óleo, que saiu da bomba, chegue até ele e passe pelas suas várias dobras, deixando no fundo delas as suas impurezas e resíduos.
A diferença mais fundamental entre os dois tipos de filtro é que o mais antigo, que chamaremos aqui de “blindado”, é revestido por materiais metálicos. Essa é a principal questão que levou o filtro a passar por mudanças; afinal, na hora de fazer o descarte, era preciso antes separar esse material metálico.
Na versão do filtro de óleo ecológico, o processo de fabricação é consideravelmente menor, passando por poucos passos, e o metal é substituído por uma quantidade pequena de plástico.
No descarte, não é preciso desmontar a peça inteira, e ela pode ser incinerada, porque esse filtro “não libera substâncias tóxicas que agridem o meio ambiente”. Assim foi publicado em artigo científico da Escola de Engenharia Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia sobre o tema, por Marcos Barbosa Júnior.
Você sabia que, até a introdução dos filtros de óleo em 1924, as trocas de óleo precisavam ser realizadas a cada 900 km? Muitas mudanças aconteceram na fabricação de carros e peças até hoje, mas o desenvolvimento desses filtros ajudou a atingir uma marca consideravelmente maior. Hoje, as trocas podem chegar a acontecer a cada 15.000 km rodados (com óleo sintético).
Aí está a importância do filtro de óleo: ele faz com que o sistema de lubrificação de um automóvel seja mais eficiente, resultando em um melhor funcionamento do motor e em um melhor aproveitamento do óleo introduzido.
O filtro funciona da seguinte maneira: o óleo chega até ele por meio de uma bomba. Quando isso acontece, o fluído passa por essa peça deixando para trás inúmeras partículas e impurezas. Então esse óleo segue seu caminho até chegar às partes móveis do motor.
Essas impurezas são geradas por meio do atrito das peças e componentes metálicos provenientes do próprio motor, e também de resíduos que vêm dos anéis de cilindro.
É muito importante que o filtro esteja funcionando bem, porque, caso os resíduos alcancem as partes internas do motor, sua vida útil pode diminuir. Um motor que não funciona bem pode virar um pesadelo muito maior do que o simples acompanhamento dessa peça.
Não existe uma só resposta. É muito importante que cada proprietário entenda que cada veículo funciona de uma maneira diferente (até porque eles são compostos de peças muito diferentes entre si). Por isso, há sempre recomendações específicas lançadas no manual do fabricante de cada carro.
Essas recomendações devem ser sempre conferidas antes que as trocas sejam feitas. Mas, normalmente, os manuais indicam que o filtro de óleo (seja o blindado ou o ecológico) seja trocado a cada troca correspondente de óleo. Outros indicam que esses filtros devem ser trocados a cada duas trocas do óleo do veículo.
Como já dito antes, há carros que podem chegar a até 15 mil quilômetros rodados antes de precisarem trocar o óleo (principalmente se esse for sintético). Caso o óleo seja mineral, as trocas geralmente devem acontecer a cada 7 mil quilômetros percorridos.
De novo: depende muito do modelo do carro e das recomendações específicas de cada manual do fabricante. É sempre bom conferi-las, portanto, e conversar com o seu mecânico de confiança.
Embora esses dois tipos de filtro de óleo tenham a mesma função e sua troca também seja parecida, a composição deles é diferente. O blindado tem partes metálicas que são substituídas por plástico no filtro ecológico.
Além disso, o filtro de óleo blindado passa por um processo de fabricação muito mais extenso, que envolve um processo de estamparia em várias de suas peças e também um processo de pintura.
A diferença é grande. O filtro blindado possui uma porção de elementos a mais, que envolvem também materiais metálicos. O filtro ecológico, por sua vez, é formado apenas pelo seu elemento filtrante e por sua tampa plástica, e geralmente é desenvolvido e adequado a motores que já contemplam esse tipo de tecnologia.
Isso também é algo muito importante: não é o motorista ou o proprietário do veículo quem decide qual filtro irá utilizar: isso depende muito do que está especificado no manual do fabricante do veículo.
De qualquer maneira, os dois tipos de filtro possuem algo em comum: o elemento filtrante. Esse é composto por um papel que pode ser tanto de celulose, tratado com resina fenólica, ou sintético. Essa resina é um tratamento aplicado que faz com que a plissagem seja feita de uma maneira homogênea.
Feito dessa forma, o óleo pode passar com facilidade, e as impurezas encontram resistências. O papel sintético, de fibras plásticas, aumenta o poder de filtragem e a própria vida útil daquele filtro.
Mas, apesar de ter esse elemento em comum, os dois tipos de filtro possuem outras composições diferentes. Como já dito antes, o ecológico é composto do elemento filtrante e de uma tampa de plástico. Quando chegar a hora de descartá-lo, é preciso deixar o óleo acumulado sair, e esse tipo de filtro consegue fazer isso muito bem, reaproveitando o lubrificante.
Depois de terminar sua utilidade, pode ser incinerado sem prejudicar o meio ambiente.
Já o filtro blindado possui várias outras peças em sua composição. Há a carcaça externa, a válvula de segurança e de retenção, as juntas de borracha e o elemento filtrante: várias delas são compostas de metal e, no momento de descartá-las, é possível que várias tenham um destino pior para o meio ambiente.
No artigo científico já citado antes, da Escola de Engenharia Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, o engenheiro Marcos Barbosa descreve com precisão quais são as várias fases de fabricação dos dois tipos de filtro. A partir dessa descrição, fica muito claro o quanto o ecológico possui uma cadeia de produção menor do que a do blindado.
A fabricação do elemento filtrante é exatamente igual nos dois filtros. O 1º passo, após ter uma bobina de papel (celulose com resina fenólica), seria desenrolá-la. Então, fazer plissagem (dobras) e cortes. O 3º passo seria fazer um tratamento térmico para que o filtro funcionasse com uma resistência mecânica maior. Por último, haveria uma junção manual do papel.
Assim o elemento filtrante ficaria pronto para uso. Mas as montagens seguintes, para cada um dos dois filtros, são muito diferentes.
Para fabricar o filtro blindado, é preciso usar energia elétrica. Isso porque há elementos metálicos que precisarão ser transformados a partir desse consumo. Vale ressaltar que esse é um dos motivos para esse filtro não ser considerado ecológico: seu processo de produção envolve mais gasto de energia.
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