Para garantir a durabilidade do veículo, bem como evitar desgastes prematuros, a lubrificação automotiva adequada é imprescindível. Fique por dentro!
Aos motoristas, imediatamente, a lubrificação automotiva remete à troca de óleo do motor. É verdade, mas vale lembrar que existem diversos outros componentes nos veículos que também necessitam desse cuidado. Eles demandam checagens periódicas, conforme consta nos manuais dos proprietários.
A manutenção corretiva é de extrema importância, pois os procedimentos de lubrificação envolvem vários detalhes. Uma eventual falta de atenção com as devidas substituições e a utilização de produtos inadequados podem ocasionar diferentes problemas mecânicos. Entre eles estão quebras e desgastes prematuros dos componentes veiculares.
Então, vamos explicar nesta matéria o conceito de lubrificação automotiva, sua importância e reforçar algumas dicas importantes. Boa leitura!
O sistema de lubrificação é crucial para a durabilidade dos componentes do veículo, trabalhando na proteção de todo o conjunto mecânico. Trata-se de um esquema hidráulico que serve para direcionar o óleo dentro de um circuito delimitado.
O lubrificante percorre as peças centrais do motor, especialmente nas áreas com maior concentração de calor e atrito, distribuindo fluidez e garantindo a refrigeração.
Com a lubrificação automotiva em dia, o veículo opera sob temperaturas ideais, preservando os componentes, e auxilia até mesmo na economia de combustível.
Quando essa manutenção não ocorre adequadamente – ou é feita fora do prazo – o motor precisa lidar com atrito e calor extremo. Isso gera uma sobrecarga que acelera o desgaste das peças internas.
Embora seja um serviço básico, a troca de óleo requer bastante cautela devido a fatores como as constantes mudanças na fabricação dos veículos. Essa atenção com a lubrificação automotiva inclui principalmente os modelos mais antigos, cujas instruções dos manuais devem ser seguidas ainda mais à risca.
Um equívoco corriqueiro é acreditar que um certo automóvel, ou determinado motor, usará o mesmo óleo em todas as trocas. Com o passar do tempo, a montadora do veículo pode sugerir mudanças e alterar tanto a quantidade quanto a especificação do óleo a ser utilizado. Por isso, o ideal é sempre buscar uma referência precisa em fontes confiáveis.
Outro ponto importante é que não se deve optar por um lubrificante mais barato e que esteja fora das recomendações, ou mesmo um filtro de má qualidade. Retificar um motor é extremamente caro.
Por isso é sempre bom utilizar o óleo adequado para cada motor (sintético, semissintético ou mineral) e jamais fazer misturas.
Atualmente existe um agravante chamado “combustíveis adulterados”, que causam diversos problemas e podem acarretar inclusive em falhas repentinas no motor, especialmente na junta do cabeçote.
Portanto, ficar atento ao aspecto e ao nível do óleo também se faz necessário. Os proprietários devem fazer essa conferência a cada 5.000 km rodados, no mínimo.
Em cada revisão, é preciso avaliar se há alguma adversidade com o lubrificante, por exemplo:
Encontrando problemas como esses, uma boa manutenção é de suma importância, para que o sistema seja adequadamente limpo. Assim, o proprietário deverá se alertar com os postos onde costuma fazer a lubrificação automotiva, e/ou observar sua forma de condução do veículo.
É fundamental dirigir com calma, tranquilidade e respeitando as leis de trânsito.
No que diz respeito à durabilidade do automóvel, a mistura de fluidos é uma das piores práticas. Muitas vezes a reposição completa do óleo não é necessária, especialmente quando o lubrificante ainda está claro, adequado e com o reservatório parcialmente preenchido.
Todavia, em hipótese alguma a mistura é recomendada. Em casos como este, deve-se sempre optar pelo mesmo óleo já utilizado.
A uniformidade química dos lubrificantes deve ser preservada, lembrando das diferentes composições que são: minerais, sintéticas e semissintéticas. Não respeitar a pureza dos lubrificantes ocasionará a formação de borras, além de partículas metálicas.
Em toda troca de óleo, é necessário também substituir o filtro de óleo. Por quê? Bem, pense que, ao tomar banho, costumamos usar outra roupa, e não a mesma de antes, certo? Pois é essa lógica que se aplica aqui.
Os filtros automotivos – sejam eles de óleo, de ar, de combustível ou de cabine – são responsáveis por reter partículas nocivas que poderiam entrar em contato com o sistema e prejudicá-lo seriamente.
Essas sujeiras, no entanto, se acumulam no próprio filtro, na “roupa”, que na hora do “banho”, portanto, deverá ser trocada. Uma boa lubrificação automotiva está diretamente ligada a essa prática.
Confira abaixo o funcionamento do filtro de óleo Tecfil para linha leve:
Outra questão que tende a cair no esquecimento é a relevância dos lubrificantes para os câmbios. Embora algumas revisões sejam apenas de caráter preventivo, vale a pena conferir as caixas manuais, bem como o óleo em seu aspecto, nível e possíveis vazamentos.
Caso seja necessário completar o nível, deve-se atender às especificações recomendadas no manual.
Já em relação aos modelos automáticos, sejam CVT ou tradicionais, essa checagem é ainda mais necessária. Como muitos utilizam filtro, é preciso substituí-lo periodicamente, respeitando os prazos estipulados. Caso haja trocador de calor, também deve-se substituir a peça.
Isso sem contar a reparação daqueles vazamentos quase imperceptíveis. Nessas situações, é importante, como reforçamos anteriormente, manter a marca do fluido indicada pelo manual.
O proprietário precisa se certificar de que o óleo esteja sem sinais de água, sem partículas metálicas e com coloração clara. Se essa análise não for feita, o lubrificante poderá apresentar cheiro de queimado – sinal de que o câmbio está sendo forçado além do limite.
Para os donos de 4×4 e mecânicos que trabalham com essa modalidade, as caixas de transferência são mais uma questão a ser observada. Embora sejam componentes robustos e relativamente simples, os lubrificantes especiais são recomendados para troca de filtros, higienização, entre outros cuidados. A aferição de vazamentos também é imprescindível, por menor que seja.
Durante a manutenção de veículos pesados, carros utilitários ou SUV, o óleo do diferencial precisa ser analisado. Caso não se saiba com precisão a data da última substituição, a saída é realizar a troca preventiva.
Para evitar o desgaste dos discos internos, a lubrificação automotiva deve ser seguida à risca, principalmente em veículos com eixos que possuam sistema de deslizamento limitado.
Em situações envolvendo troca ou reparos nos componentes do diferencial, a reposição de óleo (após o primeiro abastecimento do mesmo) deve ser feita na metade do prazo estipulado pelo manual do veículo. Isso porque a ação ajuda a remover partículas metálicas que se desprendem ao longo do tempo. Assim, da segunda troca em diante, o prazo passa a ser o do manual.
Ao conduzir o veículo após a substituição do fluido do eixo, é importante que ele esteja vazio e em baixa velocidade. Dessa forma, os componentes da lubrificação interna se espalham corretamente.
Nesse intervalo, caso o veículo atravesse terrenos irregulares ou alagamentos, vale conferir o óleo em seguida, pois pode ter havido entrada de água através do respiro.
Fazer a higienização adequada e o engraxamento de tempos em tempos também é fundamental quando o assunto é lubrificação automotiva. E isso vale para diversos componentes, especialmente em se tratando de modelos antigos ou veículos maiores.
Assim como os lubrificantes, existem diversos tipos de graxas, com especificações distintas. Por isso, é necessário ficar atento ao uso correto.
O sistema deslizante do eixo cardan necessita de graxa em picapes muito grandes, por exemplo, bem como as cruzetas. Para tal, a graxa possui um tipo especial com sabão de lítio, chamado EP2.
Durante a aplicação, toda a graxa antiga deve ser retirada para que o novo lubrificante se instale adequadamente. Mas atenção: essa manutenção deve ser evitada em dias chuvosos ou alagados, pois seria preciso repetir o engraxamento.
Outro ponto que requer cuidados especiais na lubrificação automotiva são as juntas homocinéticas, principalmente as com coifa rasgada. A higienização – aplicando o kit completo – deve ser muito bem feita para retirar da peça qualquer vestígio de areia ou água.
Por fim, uma manutenção realmente caprichosa depende de inspeções detalhadas nos seguintes itens:
Em suma, tudo depende de cada modelo de veículo. Mas nunca devemos ignorar o denominador comum entre eles: a especificidade do lubrificante informada nos respectivos manuais.