Um bom filtro de ar – também chamado de “elemento do filtro de ar”, impede que impurezas externas entrem em contato com o motor. Assim, ele mantém a eficiência e a vida útil do veículo. Confira sua utilidade, como fazer a manutenção, cuidados necessários e problemas mais comuns.
O filtro de ar, além da parte do elemento, é composto por caixa e mangueiras filtrantes, de modo que todos operam em conjunto. Eles impedem a entrada de pólen, fungos, poeira e outras partículas – entre 0 e 100 µm (mícrons) – no sistema de combustão interna e nos compressores.
Caso o elemento do filtro de ar falhe, essas micropartículas e perdigotos, sobretudo as com maiores taxas de poluição, diminuem a vida útil do veículo. Ao chegar no motor, elas entram em contato com o óleo lubrificante, e logo se espalha por todas as partes lubrificadas.
A filtragem, por definição, significa a retenção de partículas num fluido gasoso ou líquido. Assim que o ar, no caso dos veículos, passa pelo filtro, os maiores fragmentos ficam na superfície do elemento filtrante. A capacidade de filtrar desta primeira barreira define a qualidade da peça.
O material do elemento do filtro de ar é poroso e permeável, o que propicia a retenção das impurezas, também, na parte interna. Gerando o pó conhecido como torta de filtração. Se não prestada as devidas atenções com a manutenção do filtro, a acumulação de poeira acarreta o entupimento.
Podemos dividir o processo em duas fases:
Os corpúsculos são coletados pelas fibras dos materiais e depositados no seu interior.
A ‘poeira’ acumulada na primeira fase gera o dendrito. Ao contrário do que se costuma pensar, essa barreira de sujeira formada funciona como um filtro adicional. A partir dele, as partículas começam a se sedimentar na superfície e formam a ‘torta’.
Enquanto o crescimento da torta de filtração melhora a eficiência, deixando somente partículas menores passarem, o aumento da queda da pressão pode elevar o custo do processo.
Os desenvolvedores de filtros de motor, portanto, buscam um meio de conciliar permeabilidade e eficácia. Existe uma espécie de tradeoff, a predileção por eficiência ocorre quando mais partículas são depositadas na superfície, diminuindo a permeabilidade. Assim, a escolha por aumentar os buracos do filtro, aumentando a permeabilidade, reduz a eficácia.
A solução é definir um valor para a queda de pressão que, quando atingida, demonstra que o elemento do filtro de ar precisa ser limpo. Se não, a diminuição da permeabilidade acarreta na redução do desempenho, e, consequentemente, um acréscimo no consumo e poluição.
Toda essa ‘conta’ é reduzida apenas à quilometragem necessária para fazer a troca do filtro – presente nos manuais dos carros. Trocar ou limpar o filtro sem seguir esses parâmetros, visuais ou técnicos, pode prejudicar o funcionamento do veículo, por aumentar a permeabilidade.
Para conseguir a resistência e permeabilidade característica do elemento do filtro de ar, são utilizadas fibras de celulose e sintéticas. Os materiais passam pela estampagem – corte e definição de forma -, e pela impregnação, o que lhes permite resistir a impactos, água e produtos químicos.
Os formatos escolhidos para as peças variam: podem ser ovais, retangulares, quadrados, cilíndricos etc. A preferência se dá de acordo com o fabricante do veículo, que desenvolve um sistema baseado nas propriedades e especificidades de cada formato.
Após os processos, a taxa de eficiência para retenção de impurezas desses filtros pode chegar a 99,8%.
Um dos sinais para saber se está na hora de trocar o elemento do filtro de ar é observar a cor da fumaça que sai do escapamento. Se ela estiver escura, significa que o motor está em contato com um maior número de partículas.
Caso perceba que o veículo perdeu potência nos últimos tempos, também pode ser sinal do enfraquecimento da capacidade filtrante. Isso ocorre quando as sujeiras que chegam no motor estão suspensas no oxigênio que faz a combustão. Se a qualidade do ar é ruim, o desempenho do veículo também o será.
Se nenhuma das situações for notada, consulte a informação no manual do proprietário. Mas vale lembrar que esta não é uma regra fixa. O desgaste da peça depende igualmente do perfil de cada motorista.
Por exemplo, se o veículo roda mais em rodovias e estradas de terra, ela irá se deteriorar mais rapidamente.
Para abrir a caixa em que está localizado o elemento do filtro de ar, primeiramente é necessário retirar as presilhas ou parafusos que a fecham.
Ao abri-la, deve-se retirar o filtro com cuidado; afinal, ele está cheio de sujeiras e poeiras. Alguns filtros não são descartáveis – neste caso, o procedimento é retirá-los e limpá-los.
O terceiro passo é limpar a caixa, para que ela esteja apta a receber o novo filtro. A higienização pode ser feita com pano úmido e aspirador de pó. Em seguida, coloque o novo filtro na caixa e feche-a.
Enquanto a manutenção ocorre, o momento pode ser aproveitado para checar se existe algum problema visível na estrutura. Após completar todas as etapas, o veículo deve ser ligado para conferir se ele está funcionando normalmente.
Caso haja algum barulho ou zumbido, quer dizer que o filtro não foi instalado corretamente. Assim, é preciso revisar o processo.
Se houver dúvidas, o melhor a se fazer é levar e fazer a troca em uma oficina especializada. A substituição é rápida e barata, ou, ao menos, por um valor muito menor do que um eventual acidente geraria.
O desgaste deste componente não prejudica apenas ele próprio. Veja abaixo as possíveis consequências por não trocar o filtro de ar quando necessário.
O oxigênio, embora componha a base de nossas vidas, traz consigo algumas sujeiras. Caso elas não sejam filtradas corretamente, chegarão ao motor para participar da combustão.
No entanto, a combustão é programada para ocorrer sem a presença dessas partículas. Por isso, elas prejudicam a eficiência do sistema, o que se traduz em maior gasto de combustível para tentar atingir o nível ideal.
Os gases gerados pela combustão e expelidos pelo escapamento são fruto de determinada combinação de álcool/diesel/gasolina com oxigênio. Se não for queimado adequadamente, o conteúdo expelido será ainda mais nocivo à natureza e a quem o respira.
Com o tempo, a sujeira começa a se acumular nos cilindros e pistões do motor, deteriorando-o prematuramente. O filtro de ar do motor não tem relação com o fluxo de ar dentro do veículo. Nesse caso, é o filtro de cabine.
Ele é responsável por transformar o ar quente em frio para aliviar o calor em dias com altas temperaturas. O sistema também ajuda nossa saúde quando estamos em grandes centros urbanos; afinal, andar de vidros abertos nesses locais significa respirar um ar bastante poluído.
O ar condicionado é formado pelas seguintes peças:
Compressor: É a fonte de energia de todo sistema, que a transforma em pressão e temperatura necessárias para o resfriamento do ar.
Condensador: Nele, o fluido refrigerante transforma o vapor do compressor em líquido.
Filtro secador: É responsável por absorver toda a umidade do condensador e as partículas não barradas por outros filtros.
Válvula de expansão: A válvula é responsável por diminuir a pressão e temperatura do fluido refrigerante.
Evaporador: Utiliza o fluido refrigerante frio para resfriar o ar quente da rua.
Filtro de cabine: Também chamada de “filtro do ar-condicionado”, a peça fará a filtragem final do ar que chegará ao interior do veículo.
A principal semelhança entre o filtro de ar do motor e o filtro de cabine é a propriedade de, como os nomes sugerem, filtrar o ar. O primeiro melhora a qualidade do ar para o consumo próprio do veículo. Já o segundo está diretamente ligado ao que condutor e passageiros respiram quando ligam o ar-condicionado.
O material do filtro de cabine também é semelhante ao do elemento do filtro de ar – é produzido de materiais sintéticos, como o papel microporoso. Uma das diferenças é a presença de carvão ativado, que ajuda a diminuir a passagem de odores e poluição.
As diferenças entre ambos começam pela localização. Enquanto o filtro de ar se encontra numa caixa perto do motor e próximo ao vidro, o filtro de cabine varia para cada modelo de veículo, embora fiquem, em geral, atrás do porta-luvas.
Da mesma forma, os filtros do ar-condicionado dão sinais que estão saturados e precisam de troca; por exemplo, baixo fluxo de ar e diminuição do desempenho do sistema de ventilação.
O ar condicionado demorando para refrigerar também pode ser um indício que a vida útil da peça se esgotou. Caso não perceba nenhum desses sinais, consulte a informação no manual do veículo, mas levando em conta as especificidades do seu dia a dia.
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