Mecanismo de direção eletro-hidráulica vem sendo incorporado cada vez mais aos veículos. Saiba as razões disso.
Todo mundo pensa em dirigir da forma mais confortável, econômica e prazerosa possível, não é mesmo? Pois bem; atualmente, existem três sistemas de direção no mercado: o antigo e ainda persistente mecânico; o hidráulico, e aquele que representa o futuro, as novas aspirações mercadológicas, o que de mais moderno e tecnológico os engenheiros automobilísticos já inventaram (o elétrico).
Para conhecer mais sobre esse modelo extremamente vantajoso, confira nesta matéria os pontos-chave do ainda não explorado sistema de direção eletro-hidráulica.
O sistema mais moderno de direção veicular é o que abriga o mecanismo eletro-hidráulico, popularmente chamado de direção elétrica. Aparecendo cada vez mais em modelos considerados compactos, ele teve sua primeira manifestação no mercado ao ser colocado na Suzuki Cervo, em 1988.
Proprietários de carros com motor 1.0, por exemplo, podem comemorar caso estes sejam equipados com a direção eletro-hidráulica. Isso porque ela não tira nenhuma potência do motor, o que prejudicaria muito essa versão já menos potente por natureza.
É necessário mencionar, também, que esse tipo de sistema tem elevada eficiência energética, devido a um motor elétrico de proporções reduzidas colocado na cremalheira, na barra ou na coluna de direção.
Os sensores encontrados nesse motor são responsáveis por detectar movimentos que o condutor do veículo realiza. Após essa identificação, são enviados sinais para um conjunto eletrônico que aciona a unidade elétrica, possibilitando a execução do movimento de direção com esforço mínimo por parte do condutor.
O sistema em questão não apresenta óleo, bomba, reservatório, nem mangueira. Um dos problemas associados a sistemas elétricos é a tão temida pane elétrica. No sistema de direção eletro-hidráulica, também há o receio em relação a esta adversidade.
Nessa hipótese, todavia, o sistema elétrico para de funcionar, o que não trava a direção, embora deixe-a mais pesada.
Alguns dos mais conhecidos modelos da atualidade já incorporaram o sistema de direção eletro-hidráulico. Representantes de marcas como Nissan, Volkswagen, Ford, Chevrolet – e até a Porsche – já implantaram esse mecanismo em seus veículos.
Exemplos: Nissan March, Ford Ka e picapes Ranger e S10. Já a Porsche, por meio de seu gerenciamento eletrônico, propicia uma sensação de direção semelhante ao da direção hidráulica. Isso porque há uma alteração na central elétrica, mais especificamente no ciclo de feedback.
A direção elétrica se diferencia pelo fato de permitir maior variação maior na assistência de direção de acordo com a velocidade. A já mencionada alta eficiência energética atinge a impressionante estatística de ser 85% maior do que o sistema de direção hidráulica.
Comparando com os demais sistemas, o conforto ao dirigir é potencialmente maior no mecanismo eletro-hidráulico, pela forma como a leveza do volante é proporcionada pelos componentes.
De maneira prática, a força que o condutor exerce em função da velocidade do veículo é variável. Quando se está muito rápido, é necessário aplicar menos força do que quando o veículo precisa realizar manobras.
Portanto, a autonomia do motorista é evidente nesse tipo de mecanismo veicular. Um dos únicos pontos negativos a ser destacado na direção eletro-hidráulica é o fato de ela exigir a mesma manutenção que o sistema exclusivamente hidráulico.
Para entender a praticidade trazida pelo mais moderno dos sistemas de direção veiculares, é pertinente citar e explicar como funcionam os outros tipos de direção, desde o mais antigo – o mecânico – até o não tão remoto assim e mais popular, encontrado na maior parte dos veículos atuais: o hidráulico.
Os primeiros automóveis da história apresentavam funcionamento inverso.
Onde hoje é encontrada a direção dos veículos, havia, em um passado distante, barras e alavancas. Caso o motorista quisesse que o carro fosse para a direita, deveria movimentar a alavanca para a esquerda, e vice-versa.
Foi apenas no final do século XIX, mais precisamente no ano de 1890, que apareceram os primeiros veículos que possuíam volante. O automóvel pioneiro nessa questão foi o Panhard & Levassor 4HP, fabricado na França.
O veículo francês trouxe aos olhares do mundo o sistema de direção mecânica, caracterizado por ter poucos recursos – se comparado aos sistemas mais modernos, como o de direção hidráulica, por exemplo.
O item essencial desse conjunto de peças era o volante, cuja função era de proporcionar àquele que estivesse guiando o carro a movimentação de suas rodas.
No sistema mecânico, a força de movimento empreendida pelo motorista chega à caixa de direção através da coluna de direção – que tem a possibilidade de ser bipartida ou inteiriça, a depender do ângulo em que são posicionados a caixa de direção e o volante.
Outro detalhe da coluna de direção é o fato de ela poder ter sua altura e profundidade ajustadas pelo motorista, que também tem a opção de readequar de que maneira há a condução na coluna, segundo suas preferências.
Também componente do sistema mecânico, as barras de direção fazem a ligação das caixas de direção às rodas do veículo. Além de articuláveis para seguir os movimentos da suspensão, elas são envolvidas por uma coifa, responsável por protegê-las de problemas que podem ser relacionados à caixa de direção.
De forma geral, a direção mecânica é pouco recomendada para quem procura conforto ao conduzir veículos, pelo fato de fazer com que o esforço físico do motorista seja o maior responsável pela movimentação do automóvel.
Um ponto positivo deste tipo de sistema é o baixo custo para realizar sua manutenção, pela ausência de componentes eletrônicos, que costumam encarecer o serviço de conserto.
O sistema de direção hidráulica apresenta funcionamento relativamente simplificado. Ele é o mais comum de todos os sistemas de direção. Sua dinâmica, embora simples, é mais complexa que o de funcionamento mecânico.
Itens como bomba hidráulica, reservatório de óleo e mangueiras de baixa e alta pressão, responsáveis por fazer um fluido circular, são indispensáveis neste mecanismo.
Em condições de pleno funcionamento, a direção hidráulica é capaz de reduzir o esforço empreendido pelo motorista em até 80%, a depender do automóvel. No Brasil, o primeiro representante desse sistema foi o Ford Galaxie, produzido em 1967.
A responsável por fazer o fluido do sistema hidráulico funcionar é a bomba hidráulica, que é alimentada pelo movimento de uma correia ligada ao motor. Ao girar o volante, o fluido que está sob pressão interfere no mecanismo da direção, tendo como consequência a redução da força que precisa ser feita.
À medida que o volante é virado, a válvula presente no sistema abre – permitindo ao óleo sob pressão fazer força no pistão que aciona a barra de direção – e fecha. Levando em consideração que a bomba hidráulica é movimentada pela força do motor do carro, a direção do sistema usa potência do propulsor do carro. Assim, há uma perda média de três a quatro cavalos.
A manutenção do sistema hidráulico é mais complexa em comparação a dos demais sistemas. Ela é importante por ser capaz de prevenir que a direção fique dura, o que pode acontecer por diversos motivos, e até causar acidentes graves que envolvem motorista, passageiros e terceiros.
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