Saber como trocar pneu é imprescindível para evitar apuros e situações perigosas caso o acidente aconteça.
Imagine que após um ano de emprego, você finalmente vai poder sair de férias por alguns dias. Destino escolhido, malas prontas e carro abastecido. Mas, assim que o veículo percorre os primeiros quilômetros, passa por um prego que fura o pneu.
Para evitar que esse imprevisto ponha fim ao esperado lazer, veja como trocar o pneu do carro.
Para realizar a troca, é preciso encontrar um local apropriado. Procure lugares planos e regulares para que o veículo não deslize.
Caso esteja em estradas ou rodovias movimentadas, o melhor a se fazer é se afastar ao máximo do tráfego local. Se houver acostamento na pista, ótimo. Em seguida, não esqueça de ligar o pisca-alerta e sinalizar a emergência com o triângulo.
Assim que chegar no lugar escolhido para fazer a troca do pneu, não esqueça de acionar o freio de mão. Em carros manuais, você deve engatar a primeira ou a ré. Caso o veículo seja automático, coloque-o em modo estacionado. Isso garantirá que ele não se mova durante o processo.
Outra dica é colocar algum objeto pesado em frente às rodas dianteiras e traseiras do veículo, como um tijolo, uma pedra, ou mesmo calços próprios de roda, funcionando como uma trava de segurança para o carro permanecer estático.
Ambos costumam estar localizados no porta-malas do carro. O macaco deve ser encaixado na canaleta: uma estrutura metálica incumbida justamente com essa função. Caso o aparelho seja colocado em outro lugar, corre-se o risco de quebrar ou danificar a parte inferior do veículo, feita de plástico.
Se existirem dúvidas sobre a posição da canaleta, a informação pode ser encontrada no manual do carro. Geralmente, há uma sinalização próxima à roda traseira ou dianteira dos veículos modernos. Já nos veículos antigos ou caminhonetes, o macaco deve ser encaixado numa viga da carroceria.
Com o macaco devidamente encaixado, levante-o até que o carro esteja apoiado sobre ele, sem que o veículo deixe a roda suspensa no ar.
Esse também vai ser o momento para retirar a calota e afrouxar os parafusos. Para as duas atividades será usada a chave de roda. Como trocar pneu não é uma atividade fácil, é preciso fazer força e, às vezes, pisar ou jogar o peso do corpo contra a chave.
Os parafusos são desrosqueados no sentido anti-horário. Além de força, é importante imprimir o sentido certo sobre o objeto.
Após afrouxar os parafusos, você deve manter o macaco levantado, suspendendo uma das rodas. A distância do solo precisa ser o suficiente para conseguir tirar o pneu inoperante e instalar o reserva.
Com o carro na altura correta, termine de remover os parafusos da roda e, em seguida, retire-a. Caso o processo seja dificultado pela ferrugem, a recomendação é bater o estepe contra o pneu furado.
Ao retirar a roda, coloque-a sob o carro, pois isso evitará acidentes caso o macaco falhe. Pelo mesmo motivo, fique alerta sobre qualquer irregularidade no aparelho. Algumas vezes, o ângulo formado pelo instrumento compromete sua firmeza e eficiência.
Agora, com o caminho livre para uma nova roda, encaixe o estepe no eixo e confira se os buracos para os parafusos estão alinhados. Cheque também se a câmara de gás está virada para fora do veículo.
Ainda com as próprias mãos, comece a rosquear os parafusos no estepe até onde for possível. O resto do trabalho deve ser feito pela chave de roda. Dê uma volta em cada parafuso – e, depois, no seu oposto – garantindo que eles sejam apertados de forma igualitária.
Com a nova roda instalada, já é possível descer o veículo. Ao terminar a descida, termine de apertar os parafusos e instale a calota.
Assim, a tarefa de como trocar o pneu está finalizada, mas lembre-se de guardar todos os itens usados no porta-malas. Além disso, a questão agora passa a girar em torno dos eventuais reparos na oficina. Recomendamos procurar um borracheiro de sua confiança no local mais próximo.
Além de aprender a como trocar pneu, é preciso saber os cuidados demandados pela peça reserva. A viagem poderá continuar, mas com algumas precauções. Confira as dicas:
Os estepes possuem validade de 5 anos. Por se tratar de um componente que nunca sabemos se ou quando vamos usar, mantê-lo em boas condições é imprescindível para uma eventual emergência.
O estepe deve ser configurado com a mesma calibragem dos outros pneus. Devido à sobrecarga na suspensão, um pneu descalibrado aumenta o gasto de combustível.
Atualmente, a maioria dos estepes possui a largura da banda de rodagem menor em relação aos demais pneus. Portanto, é preciso ter atenção à velocidade, já que o veículo não estará funcionando com 100% de sua capacidade.
Diferentemente dos pneus convencionais, os modelos run flat evitam dores de cabeça quando acidentes acontecem. Por conta de suas paredes reforçadas, a viagem não é comprometida, já que a peça suporta o peso do veículo.
Em função dessa tecnologia, o condutor pode seguir por mais 80 quilômetros a 80 km/h até encontrar um local seguro para estacionar.
Além de saber como trocar pneu, é importante conhecer alguns truques para evitar o desgaste de um componente tão fundamental. Confira as dicas.
Essa prática é determinante para o tempo e a qualidade do serviço. A mudança proporciona mais estabilidade na direção, e deve ser feita a cada 8 mil quilômetros rodados.
As rodas – e o veículo como um todo – são projetadas para trabalhar com determinado peso. Se a carga é excedida em um grau muito alto, sua dirigibilidade e eficiência ficam comprometidas. Além do desgaste proporcionado à roda, a sobrecarga afeta outros sistemas.
O mau estado de outros componentes relacionados aos pneus, como molas e amortecedores, podem afetar o desempenho e desgastá-los com mais rapidez. Logo, é importante manter as revisões em dia.
A peça descalibrada perde a estabilidade, aumenta o consumo de combustível e desgasta componentes. Calibrar o pneu com frequência regula a pressão interna e aumenta sua vida útil.
Grande parte dos problemas nos veículos são causados pela forma com que o condutor dirige. Exemplo disso são as rodas próximas ao meio fio, que podem danificar a câmara interna pelo aumento da pressão.
Portanto, atenção a algumas práticas viciosas!
A recomendação é fazer os serviços a cada 10 mil quilômetros rodados ou quando o veículo apresentar alguma irregularidade. Não deixe para a última hora!
Depois de saber como trocar pneu, uma análise sobre sua composição pode ajudar na hora de prevenir ou arranjar soluções para os problemas relacionados.
Parede lateral: constituída de borracha, faz a ligação entre a roda e a parte do pneu que fica exposta.
Lona estabilizadora: pequenas placas de fios de aço que auxiliam na estabilidade do veículo, evitando derrapadas, por exemplo.
Lona de corpo: feita a partir de elástico, borracha, poliéster e nylon, é a camada responsável por aguentar o peso do carro.
Talões: aros constituídos de aço e borracha. É a parte que entra em contato com a roda.
Capa de rodagem: composta de três tipos de borracha, é a parte que fica em contato com o solo. Também influencia na tração do veículo, bem como na durabilidade do pneu.
Estanque: são as várias camadas de borracha que impedem a saída de ar, mantendo a calibragem.