Existem muitos filtros presentes em um só veículo. Muitas vezes os motoristas dão mais atenção ao filtro de combustível ou ao filtro de óleo, sem se lembrar tanto assim dos outros dois tipos que compõem o carro: o filtro de ar do motor e o filtro de cabine (do ar condicionado). Mas como saber se é a hora certa de trocar o filtro de ar do motor e o de cabine?
Antes de responder a essa pergunta central, é preciso antes entender qual é o funcionamento desses dois tipos de filtro de ar. Além disso, é importante ter em mente quais são exatamente as suas funções; do que são compostos; quais sinais eles dão quando não estão funcionando bem.
Os dois filtros, afinal, são peças significativas para um bom funcionamento de um carro, sendo responsáveis por retirar impurezas do ar e fazer com que menos resíduos se acumulem. Eles trabalham em locais diferentes do veículo, mas trabalham para impedir que componentes do carro sejam prejudicados, como também os próprios passageiros.
Para entender tudo isso melhor, vamos dividir o conteúdo em partes.
Por mais que possa assumir formas diferentes, esse tipo de filtro tem uma aparência bastante característica. É só olhar uma vez para conseguir identificá-lo: ele é composto por uma sanfona de materiais claros, brancos, e, quando já foi muito utilizado, assume uma coloração mais preta, cheia de resíduos.
Esses filtros podem ser quadrados, redondos, ovais ou cilíndricos, dependendo de cada tipo de carro, mas sempre possuem uma cápsula de metal ou plástico que contém elementos filtrantes. Geralmente, esses são compostos por camadas de papel. Mas também podem ser feitos com espumas.
Ele possui camadas mais fundas e camadas da superfície. Nas profundas, ficam retidas as impurezas menores, e as maiores ficam armazenadas na parte superior. Seu papel (, ou espuma) pode reter partículas muito pequenas de impurezas, chegando à dimensão de 1 mícron (o mesmo que 1 milímetro dividido por 1000).
Muitas vezes são envolvidos por borracha ou por uma tela metálica.
A composição do filtro de cabine (filtro do ar condicionado) é muito parecida com a do filtro de ar do motor. Convencionalmente, também é feito de materiais sintéticos como o papel microporoso, mas ele também pode ter carvão ativado em sua composição (geralmente em forma de grãos).
A vantagem do carvão ativado é que ele ajuda a impedir a passagem de odores e de poluição para dentro do carro. Assim, o filtro não só impede que as partículas se acumulem no ar condicionado, como também impede que o mal cheiro entre – um ponto muito positivo para os passageiros.
A localização desse filtro varia de modelo para modelo: em alguns, pode estar até mesmo dentro do painel. Por isso, não é assim tão fácil trocá-lo por conta própria; o melhor é levar em uma oficina mecânica.
Localizado muito perto do motor, esse tipo de filtro tem a função de garantir que o ar chegue limpo até a câmara de combustão. O ar parte do coletor de admissão, passando pelo filtro de ar, e então suas impurezas (como poeira ou resíduos pequenos) são retidos.
Isso é essencial para o funcionamento de um carro, porque, caso os detritos de fato chegassem à câmara de combustão, a queima de ar e combustível não seria feita da forma adequada. Além disso, os resíduos poderiam danificar outros elementos do motor (seus componentes móveis).
Com as peças desgastadas e a combustão funcionando de uma maneira distante da ideal, o carro exigiria mais combustível e começaria a apresentar sintomas ruins. O aumento do consumo de combustível e a perda de potência são duas coisas que nenhum motorista realmente quer por perto – por isso é bom tomar cuidado com o filtro, e trocá-lo com a frequência adequada.
Além disso, essa peça (que tem vida útil), pode ajudar a afastar de dentro do carro os poluentes do lado de fora. Estar com o filtro em dia, portanto, é também garantir viagens mais agradáveis (e saudáveis) para o motorista e os seus passageiros.
A função desse filtro está um pouco clara em seu segundo nome: ele tem o objetivo de filtrar o ar que vem do sistema de ar condicionado. Ele costuma estar localizado atrás do porta-luvas, mas, como já dito antes, também pode estar mais escondido sob o painel (mais difícil de acessar).
Seu trabalho é impedir que resíduos, poeira, pólen, mofo e até mesmo pequenos pedaços de folhas cheguem até o sistema de ar condicionado. Assim, eles fazem com que o ar gelado que se distribui dentro do carro esteja mais limpo (tanto de poluentes quanto desses resíduos), e faz com que não haja mal cheiro.
Além do mais, estando com detritos e sujeiras, o ar condicionado pode acabar forçando demais o trabalho do motor, e esse pode acabar sendo prejudicado – resultando em um gasto excessivo de combustível.
O carro sempre começa a te lançar algumas pistas de que há peças em mal funcionamento. No caso desse filtro de ar, as pistas estão muito relacionadas com o próprio motor. Se o carro começa a fazer ruídos, ou começa a falhar quando anda nas primeiras marchas, pode ser sinal de que há algo de errado com o filtro de ar.
Além disso, como já citado antes, pode ser que o carro passe a consumir uma quantidade muito maior de combustível. Isso acontece, porque o motor tem que fazer uma força maior para puxar o ar e acaba aumentando o consumo. A combustão do ar e do combustível acontece com uma qualidade pior, também, e o motor fica repleto de detritos, passando a funcionar mal.
O carro perde desempenho, perde potência nas retomadas de velocidade e gasta mais combustível. Mas não é só isso: a sua temperatura interna também pode ficar mais elevada, e o interior do veículo pode até mesmo ser invadido por algum nível de fumaça.
Se o motorista notar qualquer um desses sintomas, é bom levar o automóvel a um mecânico para verificar se há algum problema no filtro de ar do motor.
O filtro de cabine também apresenta alguns sinais e pistas quando já está na hora (ou quando já passou da hora) de trocá-lo. Se o motorista percebe que o ar condicionado está com algum defeito, perdendo sua força, pode ser que o problema resida no filtro.
Mas também há outros sintomas: os vidros internos podem se embaçar, e os passageiros podem começar a sentir algum mal cheiro. Afinal, a função do filtro é justamente reter a entrada de fuligem, poeira, resíduos e poluentes, o que significa que há um acúmulo desses elementos com o tempo. Se o motorista não o troca com regularidade, pode começar a sentir os odores deles.
Além de todos esses sintomas citados, para os dois tipos de filtro, também há uma forma talvez mais simples de verificar se já está na hora de trocá-los. Depois de pegar cada um na mão, eles costumam apresentar algumas marcas visuais que deixam isso mais claro.
Tanto o filtro de ar do motor como o de cabine ficam cheios de partículas escuras de poeira e resíduos quando precisa de substituição.
O filtro de cabine também pode acabar mostrando outros sinais, como rasgos ou falhas no papel, e diferenças em cada dobra.
É importante lembrar que não se deve tentar lavar os filtros, reutilizando-os: com isso, o motorista pode acabar até mesmo piorando a qualidade das fibras e pode piorar a situação.
Cada carro possui peças diferentes com especificações diferentes. Por isso, na hora de fazer a troca das peças de seu carro, o motorista deve sempre verificar o que é que o seu manual do fabricante diz. Geralmente, no caso do filtro de ar de motor, a recomendação é que a troca seja feita a cada 10 mil quilômetros rodados, ou também 1 ano de uso (no máximo).
Mas isso nem sempre representa a realidade. Afinal, esse é um filtro cujo papel é reter poeira, impurezas e poluentes. Se uma pessoa anda sempre com o seu carro em estradas de terra, ou lugares em que naturalmente há mais poeira, o filtro ficará pior mais rápido. Assim, a frequência de troca também se estreita, exigindo que o motorista tome uma atitude antes.
A troca não é tão difícil de ser feita, por isso talvez o próprio motorista consiga realizá-la. No entanto, é sempre bom ter um mecânico por perto para verificar se não há nada de errado.
É muito importante que o mecânico só faça essa troca, por exemplo, depois que o carro estiver parado e desligado há um tempo. A temperatura do motor, afinal, é muito alta, e esse filtro de ar fica localizado muito próximo a ele – além de ser uma peça que retém calor naturalmente. Todo cuidado é pouco.
O filtro costuma estar em uma caixa preta, fechada com parafusos. É importante que, caso alguém resolva trocar o próprio filtro, tenha em mente que é preciso fechar a tampa novamente com precisão, apertando bem os parafusos.
O filtro de cabine também tem suas especificações no manual do fabricante, mas elas são menos rígidas. Afinal, o estado de conservação dessa peça depende muito do local onde o carro anda – mas não só em estradas de poeira. Se o motorista faz viagens com o carro em uma cidade mais poluída, ou se fica muito tempo no trânsito, vai precisar fazer as trocas com mais frequência.
O mais indicado é estar sempre atento aos possíveis sintomas, e fazer sempre a revisão do carro para quando identificar algum dos problemas citados nessa matéria.
É melhor prevenir do que remediar, como diz o ditado. Quando o motorista não faz as revisões e não se atenta para o prazo das trocas (ou mesmo para os sintomas que o próprio carro lhe dá), pode acabar pagando um preço muito mais caro. Afinal, o proprietário vai gastar um valor muito mais alto para consertar o motor, por exemplo, do que para comprar o filtro em si (qualquer um dos dois filtros de ar).
Tanto o filtro de ar do motor quanto o filtro de cabine são muito baratos. O primeiro pode custar desde R$ 7,00 até valores mais exorbitantes (depende muito do quanto o motorista quer ou pode gastar com isso). Mas muitos dos preços são acessíveis, e a troca realizada nas oficinas também pode ser muito rápida.
Basta, afinal, abrir o capô, desparafusar a caixa preta e fazer a troca. As complicações que o carro pode ter caso essa pequena ação não seja feita podem ser maiores desnecessariamente.
Já o filtro de cabine costuma ser muito barato também. Sua versão mais simples, sem carvão ativado, pode custar até cerca de R$ 20,00 – mas, normalmente, seu preço fica por volta dos R$ 10,00.
Os filtros de ar condicionado com carvão ativado são mais caros. Podem custar até por volta de R$ 50,00, mas normalmente podem ser encontrados por R$25,00 ou R$ 30,00.
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