Conhecer o limite de velocidade das vias não apenas preserva a segurança geral do trânsito, como também evita danos ao seu bolso.
Em um cenário global, a segurança no trânsito é um assunto essencial e do interesse coletivo, sejam pedestres, motoristas ou passageiros. Apesar de todas as legislações voltadas a esse ambiente, o número de acidentes fatais ainda é muito alto.
No ano de 2020, só no Brasil foram 30.168 óbitos fruto de acidentes de trânsito. Esse dado comprova que a conduta dos motoristas brasileiros precisa, o quanto antes, de mais cautela. Dentre as infrações mais cometidas no país, está aquela concedida por exceder o limite de velocidade das vias – atitude também relacionada às colisões e demais acidentes.
Portanto, continue a leitura para saber mais informações sobre o tema e compreender melhor sua importância vital em nosso dia a dia.
A velocidade máxima de uma via passou a ser regulamentada como forma de organizar o trânsito, visando a evitar acidentes e colisões. Com um limite estabelecido, o motorista tem mais tempo para reagir a situações de risco, além de ter a interação com o meio externo facilitada.
A definição desse limite varia de acordo com o tipo da via e suas características. Essa questão será explicada ao longo do texto, pode ficar tranquilo!
Ao trafegar em ruas com velocidade máxima de 40 km/h, por exemplo, muitos motoristas devem se perguntar por que o limite nessas vias é tão baixo. Com a rotina agitada e o tempo apertado, é comum – e compreensível – essa impaciência no trânsito. Mas saiba que há vários estudos que levam a essa decisão.
Quem está por trás dessa análise são os órgãos de trânsito, os quais possuem autoridade e responsabilidade sobre as ruas, avenidas e rodovias. Para determinar o índice máximo de velocidade das vias, são levados em consideração os seguintes itens:
Um conteúdo importante que muitos motoristas não se lembram consiste nos tipos de vias de trânsito. Então, agora é a hora de uma breve retomada!
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as vias incluem os caminhos compostos por pista, calçada, acostamento e afins, por onde podem circular veículos, pessoas e animais.
De acordo com a zona onde estão localizadas, as vias podem ser divididas em duas macrocategorias: urbanas e rurais. A partir dessas, existem várias subcategorias.
Vias de trânsito rápido: possuem acesso especial, trânsito livre – sem interseções de nível – além de não serem ligadas a lotes e não apresentarem passagem direta de pedestres.
Vias arteriais: permitem a circulação para outras regiões da cidade. Dotadas de cruzamentos e semáforos, travessia de pedestres e acesso às outras vias – no caso, as coletoras e locais.
Vias coletoras: fazem a ligação entre as vias arteriais e de trânsito rápido. Assim, possibilitam o deslocamento interno das cidades.
Vias locais: têm como função o acesso restrito, local. Há cruzamentos de pista sem semáforos, por exemplo.
Rodovia: via rural pavimentada, ou seja, coberta com asfalto.
Estrada: via rural não pavimentada, sem asfalto, popularmente chamada de “estrada de terra”.
Em geral, as vias apresentam placas indicando a velocidade máxima permitida. Quando não houver, prevalecem as determinações do Art. 61 do CTB, cujo primeiro inciso transcrevemos abaixo.
“§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
I – nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II – nas vias rurais:
a) nas rodovias de pista dupla:
1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas;
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos;
b) nas rodovias de pista simples:
1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, camionetas e motocicletas;
2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veículos;
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).
Além do quesito legal, há motivos práticos e técnicos para respeitar a velocidade das vias. O motorista deve ter sempre em mente as vantagens trazidas pelo respeito aos limites, compreendendo a importância de seguir o padrão. Educação no trânsito é fundamental!
Vale ressaltar que o número estampado nas placas é definido por um grupo de especialistas, que analisam meticulosamente fatores relacionados àquele trajeto. Então, não ache que “dá para ir mais rápido”, pois valor máximo foi calculado por quem mais entende do assunto!
Confira sete benefícios de seguir o limite de velocidade das vias:
Um veículo que está em uma velocidade mais alta precisará de mais tempo e espaço para frear com sucesso. Tomando como exemplo um automóvel a 80 km/h, depois que o freio for acionado, a máquina precisará de mais 30 metros até parar.
Isso em um cenário convencional e abstrato. Mas esse elemento também se atrela às eventuais condições de tráfego nas vias – não apenas o trânsito em si, como também a situação da pista (buracos, aquaplanagem etc.).
Portanto, é necessário manter atenção redobrada, algo que requer um controle constante da velocidade.
Normalmente, o cérebro humano demora ao menos 1 segundo para reagir a partir de um estímulo novo. Citamos mais uma vez o exemplo de um veículo a 80 km/h. Na conversão, um motorista pilota 22 metros por segundo – e, essa será a distância percorrida até o condutor pisar no freio.
Em outras palavras, a reação de uma pessoa nunca será imediata – e, embora rápida, um segundo pode fazer muita diferença no trânsito. Dirigindo em uma velocidade adequada, aumenta-se as chances de recuperação quando for necessário tomar decisões rápidas.
No trânsito, tudo pode mudar em um piscar de olhos, e nunca se sabe como será a gravidade de um acidente hipotético até que ele aconteça. Para não dar sopa ao azar, respeitar o limite de velocidade das vias é fundamental. Assim, você preserva a sua segurança e a de todos ao seu redor.
Muitas vezes, as pessoas mudam de postura quando algo pesa no bolso, não é? Mas não é preciso ‘esperar’ a multa; vale bem mais a pena evitá-la. A infração por excesso de velocidade pode variar entre pode variar entre R$ 130,16 e R$ 880,41, de acordo com a porcentagem excedida.
Isso sem contar a perda de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma dor de cabeça das grandes.
É essencial levar em consideração o ambiente em que o motorista se encontra. Em vias urbanas, na cidade, o local não é apropriado para altas velocidades. Nas estradas, o limite também deve ser respeitado – afinal, uma pista livre não é um lugar esportivo.
Um aspecto às vezes desconhecido pelos condutores é que o estado do carro depende do modo de direção. Um motorista que pratica a direção defensiva (modo que visa a prevenir acidentes) garantirá maior vida útil ao automóvel, além de dar menos trabalho durante as revisões.
O desgaste das peças será menor, assim como a quantidade de atrito e possíveis arranhões no carro. Tudo isso preserva a segurança de quem está no veículo e a própria condição da máquina.
Em síntese, uma velocidade apropriada está associada à direção defensiva, assegurando um comportamento mais cauteloso e atento.
Completando a lista, respeitar o limite de velocidade das vias pode trazer mais uma vantagem para o seu bolso: menos gasto na hora de abastecer. A questão é que velocidades altas aumentam o consumo de combustível. Manter um número constante, dentro da faixa delimitada, é sempre a melhor opção.
Quando alguém é pego pelo radar com uma velocidade acima da permitida na via, haverá uma punição na grande maioria dos casos. Existem exceções, por exemplo, quando uma pessoa estiver em situação de emergência, desde que se comprove o fato.
Em síntese, existem duas formas de punição: multa e autuação. A diferença entre ambas é que a autuação é emitida por uma entidade operadora da via e em seguida entregue ao infrator. Dessa forma, após 30 dias, a autuação se transformará em multa, e o motorista decide se irá pagar ou recorrer.
As multas são definidas de acordo com o grau da infração e, a partir disso, classificadas como “leve”, “média”, “grave” e “gravíssima”. Em ordem crescente, segue abaixo a quantidade de pontos gerados na CNH e os valores-base para cada multa:
Dependendo da situação, o valor da multa varia, podendo ter sua base multiplicada de duas até 60 vezes. Quando o limite de velocidade é ultrapassado em mais de 50% (infração gravíssima), o preço base é multiplicado por três. Além disso, esse casso configura uma multa autossuspensiva, ou seja, a CNH do motorista será suspensa.
O funcionamento é o seguinte: primeiro, o sujeito recebe a multa em casa e tem a opção de tentar um recurso de multa. Caso não apresente nenhuma defesa, o Detran dará início ao processo de suspensão – restrição que pode durar de 2 a 8 meses, conforme o histórico da pessoa.