O índice treadwear é um dos critérios para medir a durabilidade dos pneus.
Quando nós vamos comprar um carro ou peças para manutenção ou reparo do veículo, prestamos atenção a uma série de requisitos a fim de fazer a escolha certa. No caso dos pneus, existem critérios fundamentais como o tipo, o aro e, evidentemente, a marca do produto.
Mas há um outro item importante que algumas pessoas não conhecem: o índice treadwear. Embora pareça um termo de difícil compreensão, trata-se do número que indica a durabilidade do piso do pneu, geralmente presente em unidades passíveis de serem exportadas aos Estados Unidos.
Continue a leitura para entender melhor esse conceito e conferir algumas dicas a partir dele.
O índice treadwear consiste em uma taxa que representa a perda de borracha quando o pneu é testado sob condições e circuitos determinados pelo governo dos EUA. Assim, pneus de diversas marcas são instalados em veículos que percorrem 9.600 milhas (ou 15,3 km) à mesma velocidade no mesmo tipo de asfalto, para que então seja avaliado o desgaste de cada um.
Em tese, quanto maior a classificação treadwear, maior será a quilometragem rodada, tornando o desgaste mais demorado.
Reforçamos o termo “em tese”, pois o desempenho de qualquer componente veicular depende de fatores externos além da própria qualidade de fábrica, sem contar outras características que se diferem daquelas apresentadas no teste.
Portanto, hábitos do motorista, frequência de uso e tipos de pisos por onde trafega influenciam nessa performance relativa.
Basta olhar a lateral do pneu, que lá estará a palavra Treadwear, acompanhada do número que representa a qualidade desse índice. Ele varia de acordo com a marca do produto, o que significa, portanto, um elemento comparativo em relação aos concorrentes.
Seu valor varia entre 60 a 700. Então, por exemplo, um pneu com treadwear 600 apresenta resistência duas vezes maior se comparado a um com índice 300. Mas é preciso se atentar a alguns detalhes, entre eles possíveis contradições a respeito do próprio objetivo do treadwear.
Embora o índice sirva como critério para escolher o melhor pneu para determinado veículo, bastaria comparar a unidade de uma marca com uma de outra, certo?
Mas não é bem assim que a banda toca. Por exemplo, um pneu com treadwear de 400 da marca X não irá necessariamente durar mais do que um pneu com treadwear 300 da marca Y.
O índice treadwear faz parte de uma categoria criada em 1970, chamada Uniform Tire Quality Grading (UTQG) – em português, Classificação Uniforme da Qualidade dos Pneus.
A partir de 1979, a UTQG passou a ser obrigatória a todos os pneus fabricados para venda nos EUA. Seu conjunto de padrões mede a tração do pneu, a resistência à temperatura e a banda de rodagem – este último correspondente ao índice treadwear.
Até aí, nenhum problema. A questão é que, embora o governo seja o responsável por estabelecer as normas de classificação, não é ele quem realiza os testes. Quem os faz (e aplica as notas) são as próprias fabricantes ou empresas por elas contratadas, embora os dados sejam inspecionados pelo Departamento de Transportes (DOT).
Portanto, as marcas atribuem as notas entre si, não necessariamente seguindo o mesmo parâmetro de análise. Dessa forma, a comparação entre pneus concorrentes já nasce com imprecisões.
Você pode estar se perguntando por que falamos tanto de Estados Unidos e os pneus exportados para aquele país, sem mencionar concretamente o Brasil. É o que vamos explicar agora.
O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro não exige que os pneus trabalhem com essa classificação em nosso território. Assim, os produtos não precisam ter o índice nem na etiqueta, tampouco na banda lateral.
Por isso, nós não encontramos o treadwear em alguns pneus fabricados no Brasil, exceto as unidades exportadas aos EUA, como dissemos no início da matéria. Os critérios analisados pelo PBE são resistência ao rolamento, aderência em pista molhada e ruído externo. A justificativa do Inmetro é a seguinte:
“A medida regulatória de pneus não adotou esse índice como um critério regulamentar, porque não há reprodutibilidade dos ensaios sob as mesmas condições de temperatura ambiente, pressão ambiente e condições de asfalto controladas, já que esses ensaios são realizados em rodovias.”
Quando falamos em durabilidade dos pneus, também é importante mencionar o Tread Wear Indicator (TWI). Trata-se de uma marcação na banda de rodagem, que, quando atingida pelo desgaste, quer dizer que está a hora de trocar os pneus.
Se nós chamamos pneus desgastados de “carecas”, o TWI é uma espécie de “carecômetro”, que acusa a presença de ressaltos de borracha dentro dos sulcos, geralmente a 1,6 mm de altura.
O fim da linha para os pneus chega no momento em que o TWI está alinhado ao restante da barra de rodagem, pois essa configuração aumenta consideravelmente o risco de aquaplanagem.
Nesse caso, a não substituição pode render multa de R$ 195,23 e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
No início do texto, destacamos que, apesar do papel fundamental da qualidade de fábrica, vários fatores podem interferir na durabilidade de um pneu.
Uma pessoa que dirige de forma atabalhoada, fazendo movimentos bruscos, certamente desgasta os seus pneus em níveis bem maiores em comparação a motoristas mais responsáveis.
Já pneus que rodam sobre pisos irregulares, com buracos, fatalmente atingirão o fim da vida útil antes daqueles que percorrem tipos de vias bem pavimentadas.
Portanto, sem uma prática consciente no volante, não há bom treadware que aguente! Confira algumas dicas importantes para preservar a integridade dos seus pneus.
Pense que, quando você comprou seu carro, e viu que o pneu presente no modelo era o tipo X da marca Y, é porque este é o melhor para o veículo.
Afinal, em todos os processos de montagem, as montadoras estudam detalhadamente as características do veículo para definir as peças ideais para ele. Amortecedores, molas, câmbio, filtros, seja qual for. E em relação aos pneus, obviamente, vale a mesma regra.
Portanto, priorize a marca e o modelo utilizados pela fabricante. Assim, você terá a garantia de maior eficiência, durabilidade e relação custo-benefício a longo prazo. Isso, é claro, partindo do pressuposto de que sua postura na direção será suficientemente responsável.
Não só calibrados, como na medida correta estipulada pela fabricante. Essa informação pode ser obtida no manual do proprietário – assim como tantas outras, diga-se de passagem.
A calibragem é essencial aos pneus não apenas para conversação do material, como também à dirigibilidade do veículo. Encher o componente com a pressão diferente da indicada pode tornar o veículo instável e mais propício a acidentes.
Nem para mais, nem para menos! Rodar com o pneu murcho significa desgastar suas laterais mais rapidamente, enquanto enchê-lo além da conta aumenta o desgaste da banda de rodagem.
Por fim, muitas pessoas deixam para calibrar apenas quando irão fazer uma viagem. O ideal é encher os pneus a cada 15 dias e com eles frios – ou seja, tendo rodado menos de 3 km antes da ação.
Isso porque, nessa temperatura, as partículas de ar entram em condições mais estáveis, e, consequentemente, duradouras.
Para que a borracha se desgaste uniformemente, em igualdade de condições nos dois eixos do veículo, recomenda-se fazer o rodízio dos pneus no intervalo entre 5 mil e 10 mil km rodados.
Em termos gerais, a forma correta de realizar o procedimento é trocar os pneus dianteiros com os traseiros, respeitando os mesmos lados. Ou seja, dianteiro direito pelo traseiro direito, e dianteiro esquerdo pelo traseiro esquerdo.
Mas, para não ter dúvidas, vale buscar as especificações da fabricante.
Um carro tem quatro rodas justamente para trafegar com estabilidade. Se você notar que o veículo está pendendo para um lado ou para o outro, bem como demonstrando outros sinais de desequilíbrio, provavelmente chegou a hora de fazer o alinhamento.
Em média, o serviço deve ser realizado a cada 10 mil km rodados. Ele mantém – ou recupera – as rodas totalmente alinhadas ao asfalto, impedindo que os pneus se desgastem rapidamente ou se arrastem pela pista.
Portanto, caso perceba tais sintomas, procure uma oficina mecânica de sua confiança e resolva logo o problema.
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