Diante de um desenfreado crescimento tecnológico, a telemetria desponta como alternativa para lidar com o controle de dados e realização de medições em vários segmentos.
Às vezes, nos perguntamos como é possível lidar com tantos dados, números, informações, e armazená-las de forma correta, independentemente das distâncias. De fato, é necessário extrema precisão para exercer um controle sobre tais conteúdos, e, para isso, a capacidade humana por si só não é o bastante.
Para prosseguir, vamos caminhar um pouco pela gramática. O prefixo “tele”, originário do idioma grego, é comumente aplicado à Língua Portuguesa, sendo “televisão” talvez a palavra mais conhecida a partir dele. De maneira literal, quer dizer “visão remota (à distância)”.
Portanto, compreendendo “metria” – também do grego – como “medição”, chegamos à definição de telemetria. Telemetria, então, é a tecnologia que permite a medição à longa distância, viabilizando a comunicação entre sistemas por meio de aparelhos sem fio (sinais de satélite e ondas de rádio, por exemplo).
E como a telemetria se relaciona com os temas geralmente abordados neste blog?
Basta pensarmos na enorme frota de veículos que circula pelo Brasil, da qual uma significativa parcela envolve o transporte de itens que demandam extremo cuidado contra roubos, furtos etc. Isso sem contar aspectos como a avaliação de motoristas.
Vamos, então, explicar detalhadamente a questão, mas não sem antes citar outros exemplos de aplicação da telemetria.
O funcionamento da telemetria depende da instalação de um equipamento em veículos cujos desempenhos serão acompanhados a partir dele.
As informações podem ser transmitidas por diversos meios de comunicação sem fio (sinais de internet, rádio ou telefonia celular) até chegar ao sistema telemétrico. Nele, os dados ficam armazenados para serem consultados pelos gestores da frota a qualquer momento e de várias formas.
Assim, pelo monitoramento em tempo real, é possível catalogar informações como o número de quilômetros percorridos em uma única viagem, ou durante um determinado período (mês, ano etc.).
Aqui, vamos analisar mais a fundo a questão do monitoramento em tempo real. Por meio dele, a telemetria é capaz de conferir a performance de todos os sistemas aplicados no veículo. Dessa forma, ela consegue identificar problemas como vazamentos ou demais falhas mecânicas.
Pelo fato de as informações ficarem salvas em arquivo, a central remota pode antever uma série de situações no manejo dessas operações. Assim, a telemetria reduz custos de atuação em geral. O controle de velocidade também é uma de suas mais comuns atribuições.
Com o perdão do trocadilho, a telemetria é uma verdadeira mão na roda para a logística do transporte em seus vários segmentos. O sistema de rastreamento tornou-se frequente nos últimos anos como um método de localizar veículos, principalmente em situações envolvendo roubos, sequestros e acidentes.
Seja por radiofrequência ou via satélite, a tecnologia do serviço garante segurança e eleva bastante as chances de recuperação. Os rastreadores emitem e recebem sinais de qualquer lugar, seja ele um túnel, uma garagem, um galpão ou, obviamente, uma via aberta.
Embora o dispositivo possa perder a atualização via satélite momentaneamente, a posição informada seguirá sendo o último local antes dessa interrupção.
Ao monitorar o trajeto do veículo, é possível avaliar a qualidade da direção. De modo constante e contínuo, a telemetria permite desenvolver um “ranking de motoristas”, atribuindo notas conforme a maneira com que eles se portam ao volante.
Esse mecanismo representa um reconhecimento à condução consciente, incentivando boas práticas ao motorista e motivando quem está em baixa a alterar sua postura para subir na classificação.
Especialmente sobre esse último ponto, uma alternativa é criar programas permanentes de orientação, auxiliando os profissionais a corrigirem erros e aprimorarem suas capacidades.
A conta para descobrir quanto se gasta de combustível é simples: basta traçar a relação entre o volume abastecido e os quilômetros rodados. No entanto, esse método dá apenas o diagnóstico, sem revelar as causas.
As razões podem não ser totalmente objetivas. Afinal, a quantidade “bebida” pelo veículo às vezes está atrelada a outros fatores, como o comportamento do motorista ao volante, às condições de tráfego nas vias etc.
Neste blog, sempre alertamos sobre a importância de dirigir com atenção e cuidado, pois, muitas vezes, a condução irresponsável é a causa-mãe dos acidentes.
Entretanto, por mais diligente que um motorista possa ser, nenhum deles está imune a falhas. Isso porque, assim como o veículo e seus componentes, o condutor apresenta sinais de desgaste com o tempo, mas em escala muito menor (questão de algumas horas).
A fadiga, naturalmente, gera perda de reflexos e distração ao volante, além de ser uma das causas de acidentes mais difíceis de se identificar. Atualmente, cada vez mais, os veículos já vêm de fábrica com sensores de fadiga, que auxiliam o motorista quando estes acusam desgaste.
Portanto, aliada a esse recurso, a telemetria permite que os operadores do sistema também detectem o desgaste do condutor.
Em tempo real, é possível auxiliar os motoristas a manterem o foco e, se necessário, realizar pausas durante o trajeto. Dessa forma, os riscos são reduzidos consideravelmente.
Chamada de “videomonitoramento embarcado”, essa é uma solução bastante aplicada por quem opta pelo recurso visual para analisar o comportamento do motorista.
Além disso, a avaliação à distância por vídeo auxilia na resolução de casos de acidentes, bem como identificar evasão de receita e aumentar a segurança de passageiros e cargas no transporte.
A combinação das imagens captadas com os dados catalogados pela telemetria, as informações tornam-se ainda mais sólidas e confiáveis.
Embora o setor do transporte seja não apenas o nosso principal foco, como também o mais conhecido em relação à telemetria, o conceito de medição remota abrange diversas outras áreas.
Confira abaixo, e perceba que não são poucas.
A Tecnologia da Informação (TI) sempre fez do monitoramento de sistemas e dispositivos a base de sua atuação. No caso da infraestrutura em geral, a telemetria viabiliza a medição dos mais diversos equipamentos que sustentam processos e negócios.
O avanço tecnológico nos permite dizer que, hoje, praticamente não há agricultura em larga escala sem telemetria. Citaremos dois exemplos.
Um deles é o uso de drones para mapear áreas e terrenos para identificar as condições gerais do local, bem como detectar alterações no clima e a presença de pestes. Outro é o rastreamento de gado e demais máquinas agrícolas.
Tudo isso faz parte do que chamamos de “agricultura de precisão”, que incorpora e realiza conexões entre diversos recursos telemétricos.
Já parou para pensar como as fornecedoras calculam o gasto mensal de cada residência no País? Sabemos que é impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Então, a resposta para esse item também está na telemetria.
Diversas fornecedoras possuem contadores eletrônicos, responsáveis por enviar a quantidade consumida para uma central que recolhe a informação e dá sequência aos cálculos até chegar à fatura que chega para você pagar mensalmente.
E como isso funciona? O contador de energia elétrica, água ou gás pode ser mecânico ou eletrônico, e ambos transmitem os dados através de um protocolo específico das próprias fornecedoras.
Toda essa informação é enviada pelo contador eletrônico a um dispositivo que a encaminha para um servidor, seja por uma rede de cabos ou sem fio. Assim, o fornecedor calcula o consumo correto, sem a necessidade de ir presencialmente aos lares.
As versões mais recentes de softwares como o Office e o Windows também lançam mão da telemetria para enviar dados aos fabricantes. O intuito dessa prática é constatar a forma que o usuário lida com o sistema gráfico, além de coletar outros dados pessoais do consumidor.
No início deste século, convencionou-se o termo “Internet das Coisas”, referente à ideia de conectar os itens utilizados no dia a dia à rede mundial de computadores. Não à toa, cada vez mais surgem eletrodomésticos, meios de transportes, e até mesmo roupas interligadas a dispositivos como celulares e smartphones.
Como podemos supor, a base para a IOT é justamente a telemetria, e sua atuação ocorre pelo controle de componentes como máquinas de produção industrial, termostatos inteligentes, iluminação automatizada etc.
Por exemplo, sabe aquelas geladeiras ‘inteligentes’? E os produtos que contêm o QR Code para redirecionar à internet pelo celular? É a Internet das Coisas em sua essência.
Viu como a telemetria se faz mais presente em nossas vidas do que podemos imaginar? E a tendência é que esse modelo avance mais e mais daqui para frente, pois, definitivamente, não parece haver limites para a tecnologia.
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