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Saiba mais sobre os tipos de poluição ambiental

Por Filtros Tecfil

Entenda como o seu carro pode colaborar para o aumento dos vários tipos de poluição ambiental

Desde as Revoluções Industriais, que ocasionaram o surgimento acelerado de novas fábricas e, consequentemente, a produção de bens materiais, como carros, os mais variados tipos de poluição ambiental têm feito parte da vida da humanidade. 

Trata-se de um problema prejudicial não só ao meio ambiente, como também para a população em geral. Por isso, é necessário ter em mente quais são os tipos de poluição ambiental e como evitá-los, especialmente quando ela advém dos automóveis.

Tipos de poluição ambiental

Um dos mais graves problemas ambientais gerados pela intervenção do homem sobre o meio natural é a poluição. Além de prejudicar o meio ambiente, as constantes intervenções humanas na natureza inviabilizam o cultivo e o consumo de recursos naturais, provocando desequilíbrios ecológicos e ameaçando a saúde não só das pessoas, como de todo o ecossistema. 

Por esse motivo, é fundamental entender quais são os tipos de poluição ambiental para que, aos poucos, possamos reduzi-la.

A começar pela sua definição: poluição ambiental é toda e qualquer mudança da atmosfera terrestre suscetível a causar impacto a nível ambiental ou de saúde humana. 

Seja através da contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão, material biológico ou energia. 

Dentro desse conceito, existem outras classificações para cada tipo de poluição ambiental, como atmosférica, das águas, radioativa e dos solos.

Escapamento do veículo soltando fumaça

Poluição atmosférica

Ainda que todos os tipos acima sejam prejudiciais, o mais comentado deles é, de longe, a poluição atmosférica. Ela se caracteriza pelo lançamento de grandes quantidades de gases ou de partículas líquidas, ou sólidas, na atmosfera. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maior parte das populações urbanas do mundo sofre uma exposição média de poluentes no ar além dos índices considerados aceitáveis.

Uma peculiaridade da poluição atmosférica é que sua ameaça ao meio ambiente ocorre em âmbito global, já que a circulação de gases na atmosfera se estende para muito além das fontes de poluição.

A poluição atmosférica está diretamente ligada ao excesso de emissão de ácido nítrico, dióxido de carbono e monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio, entre outros, por indústrias, incineração de lixo e veículos. 

Estudo lançado em 2017 pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) revelou que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases efeito estufa, vilões do aquecimento global. Respondem também por 88% dos quilômetros rodados por veículos motorizados na cidade de São Paulo. 

No entanto, ainda que os automóveis tenham uma grande parcela de culpa pelo aumento dos gases estufa e, consequentemente, do aquecimento global, em 2020, as causas do aumento de gases poluentes na atmosfera foram o desmatamento e as queimadas na Amazônia e Pantanal. 

Poluição da água

Outro tipo de poluição ambiental de grande impacto é a da água. Caracterizada pela degradação dos recursos hídricos, ela resulta na contaminação de lagos, rios, córregos, mares e oceanos. 

A poluição da água acontece principalmente pelo despejo indevido de esgotos. Contudo, ocorre também por meio da contaminação das bacias hidrográficas, pois, durante as chuvas, o lixo é conduzido até o leito dos cursos d’água.

Nos oceanos e mares, uma causa frequente é o derramamento de petróleo e o descarte de objetos de plástico, geralmente nas praias. 

Além disso, a poluição das águas dos rios ocasiona a perda de recursos naturais, principalmente a água potável, levando ao aumento da mortandade de peixes.

A morte de animais também ocorre nos oceanos, afetando em grande medida o ambiente dentro e fora deles.

Poluição dos solos

Esse tipo de poluição ambiental se dá pela contaminação generalizada dos solos, que afetam tanto o entorno, como as atividades econômicas envolvidas.

Dentre as principais causas, estão os lixos armazenados em aterros sanitários, onde há a produção de um líquido tóxico. Conhecido como chorume, ele penetra no subsolo, podendo alcançar até o lençol freático. 

Outra causa de poluição dos solos é a liberação exagerada de agrotóxicos para combater pragas nas lavouras. Com o excesso de resíduos tóxicos acumulados, o local afetado pode se tornar infértil, atrapalhando a agricultura e agravando os problemas ambientais locais.

Poluição radioativa

Por fim, um tipo de poluição ambiental não muito comentado, mas altamente alarmante. Apesar de ser um fenômeno natural, a liberação das ondas radioativas vem sendo intensificada pela ação humana.

Consequência disso são algumas mutações nas células e o surgimento de doenças como o câncer. 

Ainda não existe nenhum processo para a limpeza desses poluentes; ou seja, uma vez contaminado, o lugar não poderá ser desintoxicado.

Poluição ambiental provocada pelo uso de carros

No século XVIII, surgiram os motores. Na época, eram movidos a combustão externa, com a utilização de lenha – as famosas máquinas a vapor. No século XIX, apareceram os primeiros motores a combustão interna, nos quais o combustível é queimado dentro do próprio motor. 

Os motores de combustão interna apresentam vantagem em relação às máquinas a vapor pela sua versatilidade, eficiência e adaptação a diversos tipos de aparelhos. No entanto, eles são os grandes responsáveis pela poluição advinda dos veículos até os dias atuais.

Cada vez mais, surgia-se a preocupação com problemas inerentes aos motores, como a emissão de gases nocivos ao ar e à saúde humana. Nesse pacote, inclui-se também a elevação do nível de aquecimento global.

Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu; e, desde então, os motores a combustão interna vêm sendo aprimorados. Medidas como a substituição dos carburadores, a criação dos conversores catalíticos e entre outras, diminuíram o nível de poluição, se analisadas de forma isolada.

Porém, o aumento da frota de veículos e a concentração da população em centros urbanos anulam boa parte dos benefícios acima, mantendo em larga escala a poluição dos carros no ar.

Os gases que formam esse tipo de poluição ambiental podem causar diversos problemas à saúde humana e à natureza.

Os óxidos SO2 e o NOx afetam o sistema respiratório e promovem a chuva ácida, enquanto o CO reduz a capacidade de transporte de oxigênio no sangue. Além disso, os materiais particulados causam alergias respiratórias, e são vetores de outros poluentes.

Quando há altos níveis de poluição nas cidades, existem ainda fenômenos naturais, como a inversão térmica, que dificulta a dispersão desses gases e mantém a população exposta a eles por um período mais prolongado.

Soluções sustentáveis

Segundo relatório de Emissão Veiculares da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), os automóveis são a principal fonte de emissão de gases poluentes.

Diante disso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabeleceu que cada estado elaborasse um Plano de Controle da Poluição Veicular (PCPV). 

Um dos pontos que devem constar nesse documento é a indicação de ações para a diminuição da poluição.

Em São Paulo, ele apresenta algumas medidas para o controle, bem como recomendações para aplicação de políticas públicas com o intuito de reduzir a emissão dos poluentes provenientes de veículos. 

O relatório também determina inspeção ambiental de veículos; fiscalização da fumaça dos veículos a diesel; intensificação da fiscalização devido à inversão térmica, e incentivo à gestão ambiental de frotas e garagens.

Essas são apenas algumas das recomendações ao Estado de São Paulo. Porém, ainda há muito a ser feito para que o Brasil consiga avançar rumo à redução da emissão de gases nocivos.Além dessas medidas, existe outro método não tão conhecido para prover um ciclo de vida mais sustentável: a reciclagem de automóveis e autopeças.

Estima-se que 45 milhões de veículos circulam atualmente no Brasil, com média de 10 anos de uso. Assim, a previsão é de que, em uma década, grande parte desses automóveis seja descartada e substituída por milhões de outros modelos, que terão o mesmo destino posteriormente. 

No entanto, o problema reside no momento exato do descarte, já que, ao final de sua vida útil, grande parcela torna-se resíduo. O destino são ferros velhos e aterros sanitários, que custam 8 bilhões de reais por ano ao governo, segundo relatório da ABRELPE em 2017.  

A reciclagem de veículos no Brasil beneficiaria o meio ambiente e a própria indústria automobilística. O uso de peças recicladas e reutilizadas teria um custo menor, até mesmo por não precisar fazer a exploração de matéria-prima, um dos fatores que encarecem a produção de novos modelos.

Poluição somada à chuva

Dicas para tornar o seu veículo um amigo do meio ambiente

É provável que demore algumas décadas para que, por fim, consigamos extinguir a poluição ambiental. Mas só chegaremos lá se agirmos no presente, certo? Portanto, confira algumas dicas para você e seu veículo contribuírem para isso.  

1. Esteja com a manutenção em dia!

É uma dica para lá de óbvia, mas sempre importante reforçá-la. Recomendamos que o condutor siga o manual do proprietário e realize as revisões previstas pelo fabricante, para se certificar que tudo está em ordem. 

Outros hábitos que ficam a cargo do motorista, como calibrar os pneus semanalmente, trocar o óleo, alinhar e balancear, também são importantes para a economia de combustível

Por falar em manutenção, fique atento ao funcionamento do seu filtro de óleo, e se puder, substitua-o por um filtro de óleo ecológico. Ele é capaz de retirar as impurezas do óleo do motor, além de reduzir o desgaste das peças.

Vamos a outro fator importante. Quando o pneu está murcho, o carro tem mais contato com o solo, o que aumenta a resistência à rolagem. Com isso, o motor precisa realizar mais força para acelerá-lo.

2. Prefira o etanol

Por ter uma constituição química diferente em relação àqueles de origem fóssil, o combustível de fonte renovável polui menos do que a gasolina. O volume de CO2 emitido na queima do etanol é em média 30% menos nocivo ao meio ambiente quando comparado à gasolina.

3. Cuidado com o uso de acessórios elétricos!

É importante ficar atento aos acessórios elétricos, já que eles são grandes responsáveis pelo gasto de combustível. O ar-condicionado por exemplo, faz o carro consumir de 10 a 20% a mais. Qualquer equipamento ligado no veículo aumentará esses níveis. 

O peso também é um inimigo da economia. Tire do automóvel todo o peso morto possível. Tralhas no porta-malas e no assoalho comprometem a massa total para o motor operar. 

Vale lembrar também que existem sites, e até aplicativos, que fazem uma média da quantidade de CO2 liberada pelo veículo.

Carro elétrico recarregando bateria

Isto posto, fica claro como o seu veículo pode contribuir para os vários tipos de poluição ambiental. Devemos procurar maneiras de superar esse ciclo extremamente prejudicial, percebendo que ainda há muito a ser feito.

Exemplo: os carros do futuro, cuja proposta é sustentável, ainda estão longe de ser uma realidade no Brasil.

Por fim, reforçamos que a poluição não se restringe apenas ao meio ambiente. A sociedade como um todo também está no pacote.

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