Seja por desatenção ou por problemas na mecânica do carro, a pane seca pode render multa e outros prejuízos
Ser proprietário de um carro é ótimo, e quem se acostuma a conduzir o veículo depois de um tempo normalmente irá evitar andar a pé.
Carro é sinônimo de conforto, mas também de gasto. É preciso estar sempre de olho no que se deve consertar nele. Às vezes, são coisas bobas ou de rotina – estas, mais baratas – ; outras, mais sérias, que custarão caro.
Quem dirige sobre quatro rodas teme com frequência algumas coisas, entre elas a famigerada pane seca.
Para aqueles que costumam andar com apenas um chorinho de gasolina, esse risco existe e pode ser maior do que você imagina. A pane seca, além de danificar seu veículo, pode resultar em multa.
Dirigir com o tanque na reserva, ainda que nas redondezas de um posto para abastecer, não é uma conduta aconselhável, justamente devido à pane seca. Se o tanque se esvaziar, seu carro ficará imóvel, o que, dependendo da via em que você estiver, isso deverá ser um problema.
Apesar de manter o tanque com uma boa reserva de combustível ser a melhor forma de se evitar a pane seca, ela não basta por si só. Ações que geram maior consumo e marcador com defeito também são causas bem comuns.
A pane seca nada mais é do que o veículo parar de funcionar pela falta de combustível no tanque. Diante disso, resta ao condutor chamar um reboque e ir a pé ao posto mais próximo ou empurrar o carro até um local mais seguro.
Geralmente, esse problema acontece pela desatenção do motorista ao não observar o marcador do painel que acusa quando o nível de combustível está baixo; em alguns casos, porém, o marcador pode estar com problemas e não informar os números de forma eficaz.
O carro parar de funcionar por falta de combustível por si só não é uma infração de trânsito. A questão é que, em função da pane seca, o veículo coloca em risco a segurança do trânsito ou interrompe o fluxo dos demais.
No artigo 180 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), está prevista a multa de R$ 130,16 para esses casos, considerada uma infração média, com punição de quatro pontos na carteira.
Trata-se de uma infração média, pois é responsabilidade do condutor manter o veículo abastecido com uma quantidade que garanta a segurança do trajeto desejado. O marcador e o computador de bordo existem justamente para auxiliá-lo nessa parte.
É proibido transportar combustível em garrafas pet, pois estamos falando de uma substância inflamável, potencialmente explosiva e que, em contato com a pele ou os olhos, pode causar sérios danos à saúde.
Para isso, há uma lei, cujo texto afirma que não é permitido andar com combustível em recipientes, para a própria segurança do consumidor.
De acordo com o Inmetro , os recipientes adequados para o transporte de combustível devem ter as seguintes características:
Abastecer o veículo de forma improvisada depois de uma situação como essa é o suficiente para procurar uma oficina próxima, pois são grandes as chances de a bomba de combustível ter sido danificada.
Ela é a responsável por levar a gasolina ou o álcool do tanque ao sistema de injeção. A bomba fica imersa no combustível para lubrificação e para que mantenha temperatura adequada. Quando não há combustível, a lubrificação diminui, e ela esquenta tanto que pode até queimar.
Esse não é o único componente passível de dano. Nesse cenário, o filtro de combustível será sobrecarregado, de modo que o sistema de injeção também possa ser lesionado pelas impurezas que ficam no fundo do tanque e vão para a bomba.
Isso pode ocorrer até sem a pane seca. Andar regularmente por aí com o tanque na reserva ajuda essas impurezas a se acumularem com o tempo; isso prejudica o funcionamento do veículo, comprometendo também o motor a longo prazo.
Saiba que abastecer é a melhor forma. De todo modo, confira algumas dicas:
É difícil perceber de primeira se o combustível é batizado ou não, mas existem algumas medidas que você pode adotar para se prevenir.
Pedir nota fiscal é sempre uma boa alternativa, pois comprova a sua compra, e o estabelecimento é obrigado a gerá-la. Fique atento aos postos de gasolina com bandeira branca; eles devem informar nas bombas qual foi a distribuidora que forneceu o combustível. O CNPJ da empresa também precisa estar visível aos clientes.
Caso esteja desconfiado, você pode solicitar o teste de combustível – os postos têm a obrigação de fazê-lo, e devem possuir os equipamentos de medição e certificação em dia.
Ande sempre com uma quantidade de combustível suficiente para não deixá-lo na rua. O aconselhável é ter no mínimo ou acima de um quarto do volume do tanque; assim, evita-se a ida para a reserva, e, consequentemente, a pane seca.
Não deixe combustível parado, porque, pasme, ele tem validade de 3 meses. Depois disso ele perde aos poucos a capacidade de queimar com qualidade. Por isso, se você fica muito tempo longe do veículo, abasteça o tanque e o reservatório a frio com gasolina de octanagem alta.
A gasolina, por exemplo, quando fica velha, seca e forma algo parecido com um verniz, podendo danificar o sensor de nível, as sondas lambdas, além de travar a bomba de combustível e os bicos injetores.
Siga o procedimento padrão, sinalizando com o triângulo a pelo menos 30 metros do local e ligando o pisca alerta. Procure ficar em um lugar seguro, longe dos veículos, e só depois disso vá atrás do combustível para conseguir se locomover.
Nesse momento, é importante ter em mãos o número de contato de algum serviço de assistência, como o seguro do veículo, para solicitar um reboque ou uma empresa de guincho. Caso você esteja em alguma via monitorada por uma concessionária, procure o telefone do SAC.
Agora, se o posto estiver longe ou não houver como seguir com nenhuma das opções acima, ligue para um familiar ou amigo, e peça que traga um pouco de combustível em um recipiente para abastecer seu veículo.
A reserva não passa de um informativo medido por uma boia que fica no tanque e avisa quando o nível de combustível está chegando ao fim. Essa boia faz com que o marcador indique o nível baixo de combustível; quando isso ocorre, a luz de advertência acende.
A luz mostra que há poucos litros restantes no tanque; portanto, o sistema de reserva não é um reservatório à parte.
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