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O que esperar dos carros do futuro?

Por Filtros Tecfil

Não é improvável que, ao final desse texto, você perceba que o futuro dos carros foi previsto em filmes como Star Trek, De Volta Para o Futuro ou O Vingador do Futuro. Os diretores desses filmes podem até terem acertado nas previsões, expondo carros voadores, autônomos, e até mesmo bem menores do que os atuais. Podemos imaginar que os carros do futuro sejam iguais aos dos filmes? A previsão dos diretores foi certeira, mas o futuro desses novos modelos, embora muito esperados, ainda é incerto.

Como funcionam os carros autônomos?

Por mais que não saibamos bastante sobre os carros do futuro, os estudos e o planejamento dos novos automóveis já estão em andamento, e alguns modelos já estão até andando nas ruas. É o caso dos carros autônomos, ou seja, veículos que não exigem um condutor humano.

Atualmente, embora alguns carros sejam parcialmente autônomos (níveis 1 a 3), como os que já possuem câmbio automático, sua tecnologia é extremamente complexa. Por isso, espera-se que aqueles de níveis 4 e 5 (total autonomia) se tornem um grande mercado mundial em 2030, segundo dados da Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores.

Sabemos que os carros autônomos já andam pelas ruas de algumas cidades; porém, a maioria da população ainda é cética com relação ao modelo. Além disso, uma pesquisa feita pela associação PAVE (Partners for Automated Vehicle Education), nos Estados Unidos, apontou que três em cada quatro entrevistados acreditam que essa tecnologia ainda não está pronta para uso permanente.

A pesquisa também mostrou que a credibilidade e a segurança dos carros autônomos ainda é bastante questionável para 20% do público consultado. E esse é apenas um dos impasses relacionados a essa tecnologia. Isso porque grande parte da população se questiona também sobre a eficiência dos sensores do carro para maior percepção de tráfego e ambiente. 

Vantagens dos carros autônomos

No entanto, por mais que ainda não inspirem tanta confiança, os carros autônomos, caso sejam adotados por uma parcela significativa da sociedade, garantiriam diversas vantagens. Uma delas é a redução do trânsito, já que o fluxo do carro é comandado por um sistema central, bem como os semáforos e demais veículos.

Assim, com o fluxo controlado de maneira centralizada, os carros irão trafegar de forma ordenada e concentrada, reduzindo o tempo que permanecem parados, além de aumentar consideravelmente sua velocidade média. Com o fluxo otimizado, é provável que também haja uma queda significativa dos congestionamentos no horário de pico das grandes cidades.

Além disso, tendo em vista que os carros autônomos aceleram, esterçam e freiam automaticamente, há uma expectativa que o controle de consumo de combustível e energia seja cada vez mais eficiente, já que esses veículos não são manuseados por pessoas com o hábito de acelerar ou frear excessivamente.

E não é só. Os carros autônomos prometem ser os carros do futuro também devido a outra vantagem: a redução de poluição atmosférica e sonora. Graças aos menores tempos de parada e às acelerações, com retomadas e frenagens mais suaves e ordenadas, há uma redução tanto da poluição atmosférica, como do ruído gerado pelos modelos com motores a combustão.

É importante lembrar que não precisamos esperar o futuro e seus carros autônomos chegarem para pensarmos em opções mais sustentáveis. Atualmente, muitos carros já possuem filtro de óleo ecológico. O que muda com ele é que a liberação de substâncias tóxicas ao meio ambiente deixa de ocorrer.

Em relação à poluição sonora, a rápida ascensão dos modelos híbridos e elétricos trará redução ainda maior nas emissões de poluentes e ruído. Em alguns países, os governos já adotaram modelos autônomos em sua frota de ônibus, justamente para diminuir o barulho e manter o ar mais limpo.

Importante destacar também que os carros autônomos oferecem maior conforto para o motorista, pois este é substituído pelo operador, fazendo com que o tempo anteriormente gasto no volante torne-se um momento de relaxamento e foco em outras atividades. Porém, é fundamental ter em mente que o sistema automático só funciona em vias com o sistema de controle implantado. Assim, caso o motorista entre em ruas residenciais ou garagens de prédios que não possuam o sistema, será necessária a condução manual.

Carros do futuro - carro autônomo

Como funcionam os carros elétricos?

Espera-se que, nas próximas décadas, o mundo se torne cada vez mais sustentável, de modo que os carros do futuro não podem ficar de fora. Atualmente, em alguns países da Europa, além de Estados Unidos e Canadá, grandes concessionárias como BMW, Volkswagem e Cheverolet já aderiram à tecnologia dos carros elétricos.

Entre os cotados para serem os carros do futuro, os elétricos são alguns dos preferidos por serem veículos denominados “zero emissão”, pois, com seus motores elétricos e silenciosos, não emitem poluentes, ou seja, gases nocivos ou ruídos consideráveis. Porém, muitos aspectos precisam ser aprimorados, já que de nada adianta um carro “zero emissão”, se o processo de fabricação polui o meio ambiente.

Vantagens  e desvantagens dos carros elétricos

Além disso, os carros elétricos são vantajosos não só por serem sustentáveis, mas também devido ao seu maior desempenho. O alto torque é sua característica mais surpreendente. Ao pisar no acelerador, o motorista irá experienciar uma condução praticamente esportiva.

Outras vantagens dos carros elétricos estão em suas baterias. Menores em comparação às convencionais, elas prometem ser mais práticas e autônomas. Ademais, os carros elétricos, por mais que precisem ser carregados com certa frequência, podem ser úteis em situações de emergência, funcionando como um gerador ambulante para situações de queda de energia.

No entanto, em se tratando de inovações no ramo automobilístico, nem tudo são flores. Existe uma certa contradição a respeito da sustentabilidade do carro elétrico, pois, pensando no conteúdo que sai do escapamento, de fato, o carro elétrico é sustentável. Mas se considerarmos de onde virá a energia que abastecerá os veículos elétricos, não é possível apostar em sua sustentabilidade total, já que elas vêm da queima do carvão.

Outra desvantagem é o preço nada acessível. Esse custo alto decorre da matéria prima utilizada na produção do carro. A principal matéria prima da fabricação dos elétricos é o lítio, que, assim como o petróleo, é finito. Com alta demanda, seu valor tem atingido as alturas.

Além do custo elevado da matéria prima, as baterias dos carros são produzidas, além do lítio, com minerais como lantânio, neodímio e praseodímio. Esses elementos estão nas chamadas “terras raras”, o que aumenta o custo da extração e prejudica o meio ambiente. Todos esses fatores contribuem para tornar os carros elétricos cada vez menos acessíveis.

A sustentabilidade dos carros elétricos também é colocada em xeque quando questionamos a respeito da reciclagem de suas baterias. Como são produzidas por lítio, as empresas do setor ainda não sabem como dever ser feito o descarte da bateria, e acabam por não reciclá-las. Porém, como um terço dessas baterias ainda pode ser reutilizado, as empresas apostam na possibilidade de reaproveitá-las para uso doméstico.

Crescimento de vendas

Estima-se que a frota de carros elétricos aumente 50% em 2020. De acordo com a pioneira do setor automotivo elétrico no Brasil, a BMW, a venda de carros elétricos cresceu 221% no primeiro semestre do ano.

O aumento das vendas de carros elétricos é a esperança de um futuro sustentável, mas ainda há muito a ser feito para que sejam acessíveis. Além disso, não basta fabricar o modelo; é preciso também instalar pontos de recarga. Baseando-se dos modelos da BMW, a concessionária instalou 200 pontos de recarga pelo País em shoppings, estacionamentos e pontos de combustíveis. Porém, apenas um deles fica em uma rodovia (Via Dutra).

É provável que os pontos de recarga se multipliquem nas estradas, avenidas e ruas do mundo, mas a expectativa dos fabricantes e especialistas nos modelos elétricos é que, no futuro, os carros possam ser abastecidos por indução e em movimento nas rodovias. “Por meio de fios de cobre, instala-se sob o asfalto correntes magnéticas, que são transformadas em energia elétrica”, explica o piloto de Fórmula E Lucas di Grassi, em entrevista para o Portal UOL

Carros do futuro: carro elétrico

Ainda que as vendas tenham aumentado consideravelmente no Brasil, em plena pandemia, uma previsão feita pela Wood Mackenzie, empresa de consultoria britânica, constatou que a produção de carros elétricos pode sofrer queda de 43%. No Brasil, onde a produção é bem menor, a projeção é ainda mais pessimista.Mesmo assim, o engenheiro Hélio Mitsuo Sugai da startup de carros elétricos eiON, já começou a investir nos modelos e deu início aos trabalhos com o Buggy Power, o buggy elétrico. A eiON foi concebida para ser uma fabricante brasileira de veículos elétricos, referência em soluções acessíveis e sustentáveis em mobilidade. De início, pretende atender resorts e locais voltados ao ecoturismo.

Embora não tenhamos certeza a respeito dos modelos que estarão entre os mais usados no futuro, de acordo com o Diretor de Marketing e Vendas de Automóveis da Mercedes-Benz Para América Latina e Caribe, Holger Marquardt, os carros do futuro serão como um “celular sobre rodas”. Além disso, acredita-se que os carros do futuro serão mais seguros e cada vez menos dependentes de combustíveis fósseis, ou seja, serão mais sustentáveis.

Por fim, talvez ainda estejamos longe de ter carros voadores, mas esse futuro não é impossível com tamanho avanço tecnológico que tem dominado as fábricas de automóveis no mundo. Não sabemos se os carros do futuro serão iguais aos que vemos nos filmes; porém, espera-se que no futuro os carros possuam uma conexão constante de internet, maior interação com o motorista e, claro, sejam elétricos e sustentáveis.

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