Dada sua função essencial de lubrificar o motor e impedir o desgaste dos componentes, rodar com o óleo vencido pode trazer sérias consequências ao veículo.
O óleo exerce um papel essencial no funcionamento do veículo. Se o motor está limpo, com a temperatura ideal e sem fazer barulhos estranhos, grande parte disso se deve ao lubrificante.
Qualquer produto que tenha ultrapassado seu prazo de validade abre margem para futuras falhas. No caso do óleo, não é diferente. Cedo ou tarde, algum problema aparecerá para afetar a capacidade do veículo.
Pois bem, cremos que já deu para perceber que rodar com o óleo vencido não é uma boa ideia. Confira abaixo informações e dicas para não dar bobeira.
A função do óleo é lubrificar as partes internas do motor, diminuindo o atrito, de modo a prevenir o desgaste excessivo dos componentes. Serve também para conservar a temperatura adequada do motor, mantendo-o limpo ao retirar partículas vindas da combustão, e cujo efeito pode danificá-lo.
Por meio da sua tarefa de limpeza, o óleo retira as impurezas do motor e as guarda suspensas em sua composição, dadas as suas densidades maiores em relação ao lubrificante em si.
Dessa maneira, o óleo evita o acúmulo e a formação de crostas que prejudicam o funcionamento do motor. Tendo em vista que se trata de um processo contínuo, em dado momento ele chegará ao esgotamento. Daí a necessidade de trocar o óleo.
Geralmente, a temperatura ideal para os carros varia de 80ºC a 100ºC, dependendo do modelo, da potência etc. No caso das motos, esse número vai de 70ºC a 90ºC, seguindo as mesmas circunstâncias.
Existem três tipos de lubrificante, cada qual com seus benefícios, desvantagens, e cujas qualidades são melhor aproveitadas de acordo com fatores específicos.
Confira abaixo as características dos óleos mineral, semissintético e sintético.
Os lubrificantes minerais são compostos por óleos derivados de petróleo, e, portanto, naturais. Por isso, sua estrutura molecular é irregular, devido à própria formação desigual da matéria-prima.
Assim, os óleos minerais têm propriedades diferentes entre si, divergindo em qualidade, viscosidade, durabilidade e temperatura de ignição, por exemplo.
Para que se chegue às características desejadas, adquirindo uma estrutura mais uniforme, é preciso fazer uma mistura com aditivos.
A principal desvantagem dessa combinação é a redução da sua vida útil no motor. No entanto, por se tratar de um produto natural com processo de fabricação simples, o preço é mais acessível.
O óleo mineral é o tipo ideal sobretudo para modelos mais antigos.
Apesar de possuir base mineral, ele passa por diversos processos de pesquisa, nos quais lhe são acrescentados aditivos. Dessa forma, não é possível classificá-lo nem como mineral, nem como sintético.
O óleo semissintético, portanto, encaixa-se como um intermediário. Seu preço aumenta, mas não tanto. Além disso, esse lubrificante consegue reunir as maiores virtudes dos outros dois tipos.
Esse tipo é criado em ambientes controlados, por meio de fórmulas químicas, pelas quais ele se modela até chegar às características desejadas. O óleo sintético traz aditivos que melhoram o funcionamento do motor, sendo ideal para veículos modernos.
Seu processo de elaboração requer maior investimento em pesquisas na área, o que eleva o custo final do produto.
No entanto, o tipo sintético apresenta maior durabilidade em relação aos demais. Pelo fato de oxidar menos as peças, aumenta-se o intervalo de troca.
A desvantagem do óleo sintético, neste caso, é o fato de modelos mais antigos não serem capazes de aproveitar todas as suas qualidades. Assim, aplicar esse tipo de lubrificante em um veículo clássico, por exemplo, seria desperdício de dinheiro.
Como quase tudo na vida – e, portanto, no mundo automotivo -, a resposta é relativa. Afinal, nesse universo existem inúmeras variantes, desde as mais objetivas (modelo e ano do veículo; potência do motor), como também as mais subjetivas (frequência de rodagem; manutenção etc.).
Porém, de modo geral, recomenda-se trocar o óleo do carro em um intervalo entre 6 e 12 meses, ou depois de 5.000 a 10.000 km percorridos.
Nessa contagem, o menor tempo diz respeito ao tipo mineral, enquanto o maior se refere ao sintético. O semissintético, naturalmente, encontra-se no ponto intermediário entre os outros.
No caso das motocicletas, atualmente, a orientação é para que a troca de óleo seja feita após terem sido rodados de 3.000 km a 4.000 km.
Todo veículo automotor foi projetado para andar uma determinada distância até a próxima substituição. Permitir a presença de óleo vencido no motor gera desgaste prematuro dos seus componentes.
Além disso, os problemas tornam-se maiores na medida em que a troca é adiada. Ao ignorar a manutenção preventiva, uma das consequências pode ser a fundição do motor. Aí, a dor de cabeça será das grandes.
Mas, atenção: não fique refém dos números. Leia o manual do veículo para obter informações mais precisas. É você – preferencialmente com a ajuda de um mecânico de confiança – quem deve observar as reais condições e dar a palavra final.
Depois de um tempo, o óleo fica sujo e contaminado pelo desgaste e pelo calor. Dessa forma, ele se torna mais viscoso – portanto, move-se com maior dificuldade dentro das engrenagens.
Da dificuldade surge a demora para circular pelo motor e lubrificar seus componentes. Isso costuma causar um ruído ao estilo “tique-taque” na hora de dar a partida no veículo.
Outro possível efeito colateral fruto do óleo vencido é uma vibração anormal, sentida especialmente quando o veículo está engatado em marcha lenta.
Motivo: aumenta-se o atrito entre os pistões, os anéis e os mancais, tornando essa vibração mais intensa que o normal.
A lubrificação do motor serve, entre outras coisas, para fazer com que ele opere de modo suave. Quando o óleo se desgasta, perde-se essa qualidade.
Uma das consequências para o motor é a diminuição da sua força, deixando a aceleração mais lenta.
Isso quer dizer que a pressão do óleo dentro do motor está fraca. Nessa situação, troque o lubrificante imediatamente.
Quando o motor faz um barulho desse tipo, significa que ele provavelmente tenha sofrido danos (desgaste nos rolamentos, por exemplo). Nesse caso, talvez nem a troca de óleo seja suficiente, restando a opção pela retífica do motor.
Ao realizar a troca de óleo, faça também a substituição do filtro: peça essencial desse conjunto.
O filtro de óleo – bem como o filtro de óleo para motos – retém as partículas geradas pelo desgaste natural do motor e do processo de combustão que se depositam no óleo. Assim, ele garante que o lubrificante circule limpo pela engrenagem.
A exemplo do óleo, que com o tempo perde sua validade, o filtro acumula impurezas na mesma velocidade, diminuindo sua capacidade de limpar a composição lubrificante.
Ou seja, o óleo vencido bem provavelmente significa que o filtro também não exerce mais o seu papel com eficiência. Se a ideia é limpar, melhor fazê-lo numa tacada só.
Veja no vídeo abaixo como funciona o Filtro de Óleo Tecfil para linha leve.
Dirigir um carro ou pilotar um moto com óleo baixo aumenta o estresse do motor, diminuindo e muito a vida útil dos componentes.
Enquanto alguns veículos não consomem praticamente nada de óleo, outros podem queimá-lo em bastante quantidade, ou fazer com que ele vaze também em volume considerável.
Alguns carros modernos possuem um sensor de óleo eletrônico, que avisa quando o lubrificante do motor está atingindo o nível mínimo seguro.
Porém, com ou sem esse sensor, é preciso criar o hábito de checar o óleo do motor manualmente, especialmente se você estiver planejando uma viagem, por exemplo. Os sensores e as luzes de advertência do painel não estão imunes a falhas, e isso pode acontecer sem que você perceba.
Isso pode ser feito no posto ao abastecer, mas mostramos abaixo um infográfico com o passo a passo da tarefa, caso você queira realizá-la por conta própria. Confira.
Ao ver que o óleo está com uma cor escura, muita gente costuma sentenciar: “é hora de trocar”. Mas será mesmo?
Na verdade, o lubrificante só fica realmente limpo (claro) antes de ser colocado no motor. Depois disso, já com o seu trabalho em andamento, ele aos poucos vai escurecendo, e é natural que seja assim.
Com o passar dos quilômetros rodados, há um acúmulo dos sedimentos potencialmente nocivos à engrenagem, devido à sua função secundária de limpeza.
Ou seja: a princípio, se está escuro, é porque o produto vem cumprindo bem o seu papel.
Já explicamos que o óleo cumpre a missão de proteger o motor contra impurezas que poderiam aumentar o atrito entre as partes internas. Essa ação impede que se reduza a vida útil do motor, diminuindo as chances de um travamento futuro ou queima do produto por falta de uma lubrificação eficaz.
Às vezes, ocorre de o veículo ficar parado por muito tempo, permitindo a acumulação de sedimentos prejudiciais mais facilmente. Por não estar em atividade, algumas propriedades do óleo podem ser alteradas.
Ainda assim, analisando o fato por si só, não se trata de motivo para troca, salvo problemas mecânicos do motor, como queima excessiva do lubrificante.
Entretanto, vale ressaltar também que os aditivos perdem a validade mesmo parados; por isso a importância de se atentar ao intervalo de tempo desde a última troca.
Portanto, óleo escuro não quer dizer óleo vencido. Agora, se a cor estiver extremamente escura, aí sim temos um sinal para substituí-lo. Mas lembre-se de checar se a quilometragem percorrida já está perto do limite preestabelecido.
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