Você estava a longos minutos procurando uma vaga no estacionamento e, já impaciente, tentou estacionar seu carro em um lugar que – embora apertado – parecia ter espaço suficiente para seu automóvel. Resultado: uma raspada na pilastra e arranhões na lataria. Hora de recorrer à micropintura automotiva!
Antigamente qualquer ‘machucadinho’ na lataria do automóvel sugeria um serviço de funilaria complexo e de alto risco. Hoje, com o avanço da tecnologia e a popularização da micropintura automotiva, os retoques realizados por um profissional gabaritado são instantâneos e produzem alterações praticamente imperceptíveis na aparência original do carro.
Ou seja, além de agilizar o conserto e – por conseguinte – a devolução do automóvel para as mãos do proprietário, a técnica acaba sendo fundamental também para a manutenção do valor do carro, a despeito dos esbarrões naturais do cotidiano das vias.
Recomendada para pequenos reparos na cobertura de riscos e pequenas manchas, a micropintura automotiva se trata da aplicação de uma leve camada de tinta por sobre o ‘machucado’.
Reduzindo os processos de funilaria, este processo menos agressivos pode ser executado a partir de dois métodos. São eles:
Através deste processo, é necessário que – antes de tudo – o local danificado seja lixado, assim como no sistema de pintura comum. A partir de então, o profissional responsável pela reparação se utiliza uma pistola de ar comprimido para a aplicação da tinta, para posteriormente complementar esta etapa com o verniz.
O ponto alto desta técnica é o fato dela corrigir apenas o local afetado, excluindo a necessidade de pintar toda a peça do veículo – atividade que encareceria o serviço e retiraria da parte modificada seu aspecto de originalidade.
Equipamento semelhante a uma caneta, o Aerógrafo traz mais facilidade de manusear na comparação com a pistola de ar comprimido.
Além da maior facilidade na reparação, este método tem como uma vantagem significativa o fato de dispensar o uso da lixa, elemento que tem peso importante na atribuição de um acabamento mais bem finalizado.
Em geral, este processo só é realizado por reparadores especializados neste tipo de processo – já que exige deste um investimento em torno de R$ 600,00 na compra do kit profissional de aerógrafo para micropintura automotiva.
É necessário ficar atento ao local escolhido para os reparos da micropintura automotiva. Os profissionais devem ser treinados e ter conhecimento e experiência para que a aplicação do método seja eficaz.
Recentemente entidades de proteção ao patrimônio histórico tupiniquim, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) fizeram um manifesto contra a participação de profissionais amadores em atividades de restauração de obras de arte e construções históricas dentro de nosso território.
Embora pareçam atividades distantes uma das outras, a restauração de patrimônio histórico e os retoques na lataria do automóvel carregam entre si um princípio básico em comum: a necessidade da preservação da originalidade do objeto em questão.
Nesse contexto, ao buscar uma oficina para realizar a micropintura automotiva após um arranhão ou situação correlata, o proprietário do automóvel deve ter muito cuidado – buscando referências a respeito dos profissionais do estabelecimento e, se possível, questionando-os sobre cada uma das etapas a serem realizadas e os equipamentos utilizados no processo.
Embora menos complexa do que um serviço de funilaria tradicional, a micropintura exige enorme habilidade e cuidado do profissional a fim de que este garanta que a maior parte da peça se permaneça intocada após o retoque na área específica.
Para tanto, alguns profissionais recorrem à utilização de ‘moldes’ na forma de envelopamento da peça do veículo – a fim de evitar que respingos de tinta atinjam outras áreas do automóvel.
Ao sairmos de casa com nosso automóvel, estamos expostos a diversas situações que podem – de alguma forma – machucar a aparência de sua lataria.
Nem todas elas, no entanto, podem ser solucionadas a partir da micropintura automotiva.
Cenários nos quais a lataria acabou sofrendo alguns pequenos amassados ou riscos mais profundos, por exemplo, só poderão ser solucionados a partir do uso de técnicas como o martelinho de ouro e a repintura da funilaria tradicional.
Sabemos, aliás, que nem todos os proprietários possuem a reserva financeira ou até mesmo o tempo para recorrer a serviços mais complexos de reparação e que, por isso, preferem circular carregando as ‘escaras cotidianas’ de seus automóveis pelas vidas de suas cidades.
Como a micropintura é um procedimento mais simples e, portanto, mais barato e de reparação quase instantânea, os proprietários acabam se tornando mais suscetíveis na hora de reparar seus automóveis.
Pensando nisso, separamos cinco situações nas quais a reparação da lataria do seu automóvel provavelmente poderá ser realizada por meio da micropintura automotiva. São elas:
– Pedras soltas no asfalto que se levantaram com o vento e atingiram a lataria do seu automóvel
– Arranhões de pets como gatos e cachorros que, animados com sua chegada em casa, não se contiveram e foram logo tentar ‘abrir a porta’
-Carrinhos de supermercado que acabaram se colidindo de leve com o veículo estacionado. Situação bastante comum, afinal, os estacionamentos estão cada vez mais apertados
-Pequenas raspagens no retrovisor. Ocasiões bastante comuns na hora de guardar o carro na garagem, por exemplo.
-Arranhões nas maçanetas após tê-las chocado com a parte no momento de abrir a porta em um local apertado
Ao longo deste artigo, demos algumas pinceladas (sem trocadilho com o tema) nos benefícios de se optar pela micropintura automotiva na hora de realizar o retoque da lataria levemente danificada de um automóvel.
Reservamos este tópico específico, no entanto, para fornecer dados e números mais completos de como este serviço pode ajudar o proprietário do automóvel a economizar tempo e dinheiro na hora da reparação.
Uma de suas principais vantagens é a já mencionada agilidade de execução do serviço. Enquanto em serviços de funilaria tradicionais o automóvel acaba tendo de ficar retido na oficina um dia útil completo, um serviço de micropintura automotiva realizado por um profissional experiente dura cerca de apenas duas horas.
É o tempo de, por exemplo, deixar o carro na oficina, ir almoçar com um pouco mais de calma que o comum e, na volta, passar para retirar o automóvel já sem aquele arranhão para lá de incômodo.
Outro ponto positivo deste processo também conhecido como ‘pintura artesanal’ se refere ao custo-benefício da reparação. Somente o fato do profissional executante do serviço não ter de retirar toda a peça danificada do automóvel para realizar o reparo, já diminui substancialmente o custo da mão-de-obra – fator que, somado à utilização de um menor volume de tinta e outros produtos, pode levar a uma diferença média de até R$ 500,00 no reparo.
A preservação da originalidade do automóvel é outro fator que entra no âmbito da ‘economia de dinheiro’ impulsionada pelo processo de micropintura automotiva.
Isso porque, nunca é demais lembrar, que o carro é uma ‘asset’. Isto é, um item negociável e capaz de gerar valor a partir de sua comercialização.
Embora muitas vezes carregue com ele um alto valor afetivo por parte de seu proprietário, é preciso não ignorar que o automóvel pode ser colocado à venda- momento no qual a preservação de sua pintura de fábrica será um dos fatores a contribuir com a maximização de seu valor de mercado.
Os processos da micropintura automotiva são inovadores. Rápidos, mais baratos e capazes de preservar boa parte do valor de mercado do veículo.
Nem por isso, no entanto, eles chegam a ser perfeitos ou milagrosos.
A micropintura não chega a eliminar 100% do risco ou do arranhão sofrido pela lataria nas mais diversas situações que já apresentamos neste artigo. O serviço é capaz de, em maneira geral, restaurar 80% do local – montante extremamente relevante na recuperação da estética do automóvel, mas que não chega a deixá-lo com aparência idêntica à que ele saiu do pátio da fábrica da montadora.
Outra questão fundamental para ser abordada dentro desta temática, é a inegável maior eficiência do processo em veículos de cor escura tal como preto, azul escuro, marrom, roxo – cenários nos quais existe pouca incidência daquele aspecto metálico ou prateado.
Esses automóveis metálicos e/ou de cor clara não são ‘telas ideais’ para a micropintura automotiva e exigem cuidados extras para apresentarem um resultado próximo do alcançado nos automóveis escuros.
Dentre os cuidados especiais indispensáveis nesses casos se destacam a identificação exata da cor do veículo e posteriormente a preparação especial da tinta em um estabelecimento que tenha o nicho das tintas automotivas como sua especialidade.
Além disso, carros claros exigem atenção especial do profissional reparador na hora de realizar os testes prévios no qual aplicará a tinta preparada em uma chapa galvanizada – ou superfície semelhante – a fim de identificar possíveis necessidades de acerto da coloração.
A micropintura automotiva é contraindicada em determinadas peças do veículo – sobretudo em locais nos quais a exposição das ações da natureza como chuvas e incidência grande de raios solares – principais vilões desse processo. Dentre estes compartimentos contraindicados de destacam a tampa traseira e o capô do motor – peças que, quando arranhadas, devem ser restauradas a partir da pintura total da peça ou da técnica do alongamento automotivo.
Na hora de vender um automóvel, muitos proprietários não escondem a irritação na hora que o comprador – seja ele particular ou uma loja de automóveis – aponta algum arranhão ou um amassadinho como um aspecto relevante para a diminuição do preço.
Para evitar atritos e garantir uma negociação justa neste momento, o primeiro passo é ter empatia.
Afinal, quando somos nós os compradores, não gostamos nada quando observamos uma lataria machucada – prejudicando a aparência daquele bem que, na realidade brasileira, não é nada barato.
Além deste elemento da empatia, ou seja, de reconhecer o direito do outro expressar uma insatisfação que nós provavelmente compartilharíamos em sua posição, é preciso estar atento às convenções de desvalorizações consensuais seguidas por revendedores de automóveis. Em seu blog oficial, a startup ‘Instacarro’ – especializada em conectar proprietários interessados em vender seus veículos com potenciais lojas compradoras, listou estes percentuais de desvalorização em relação à tabela FIPE do veículo adotados por profissionais que atuam como compradores de automóveis.
Confira abaixo a tabela na qual amassados e riscos pequenos são representados pelo número 1, amassados e riscos grandes pelo número 2 e necessidade de troca da peça pelo número 3:
– Capô: 1: 0,35%: 2: 0,71%; 3: 1,42%
– teto, para-brisas, porta-malas, retrovisores (os dois) e para-lamas (os dois) — 1: 0,35%, 2: 0,71%, 3: 1,42%;
– portas (as quatro), colunas (as quatro) e vidros (os quatro) — 1: 0,71%, 2: 1,42%, 3: 2,48%;
– vigia e tampa de combustível — 1: 0,18%, 2: 0,35%, 3: 0,71%.
Somando o total de todos os percentuais de problemas visuais em veículos, temos um resultado de:
– pequenos amassados e riscos (desvalorização total de 4,61%);
– grandes amassados e riscos (desvalorização total de 9,23%);
– necessidade de substituição da peça (desvalorização total de 18,45%)”, concluiu o blog da Instacarro.
Diante do conhecimento desses números, é inevitável reconhecer a importância de um serviço como a micropintura automotiva que – além de aumentar a autoestima do proprietário em relação a seu veículo, garante ainda que este será mais valorizado no momento da revenda.
Suponhamos, por exemplo, que o automóvel possui um pequeno risco na porta – um dos locais mais comuns desses acidentes acontecerem, já que a peça, quando abre, se ‘expande’ para além do perímetro natural do automóvel.
Caso seu valor de venda na tabela FIPE seja de R$ 40 mil, este pequeno arranhão diminuirá seu preço em R$ 1.775,00, valor pouco menos de 6 vezes superior ao custo médio de um reparo realizado a partir da micropintura automotiva, que gira em torno de R$ 300,00.
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