Saiba mais sobre o universo da frota de carros no país e os tipos de frotas corporativas.
A frota de carros é um importante sistema de gerenciamento que, por meio de agrupamentos de alguns meios de transporte, são comandados por um gestor.
Por isso, nem sempre significa uma grande quantidade de veículos leves (carros) ou pesados (ônibus e caminhões). No entanto, existem diversos tipos de frotas, e destacamos aqui como elas evoluíram no Brasil nos últimos anos.
Confira!
Gestão de frotas consiste no gerenciamento dos veículos de uma empresa usados para transporte e coleta ou prestação de serviços. A gestão torna-se viável por meio da centralização de dados, como manutenção dos carros, consumo de combustível, quilometragem e rotas percorridas.
Para realizar essa tarefa, é necessário traçar planos para que esses veículos sirvam a empresa com mais eficiência, reduzindo riscos e custos. Além disso, vale ressaltar que o gerenciamento de frotas não se aplica somente a grandes empresas que possuem incontáveis ônibus ou caminhões na garagem.
Gerenciar uma frota significa planejar e controlar processos com base em informações precisas, como o modo que os motoristas estão dirigindo, o estado dos veículos, o quanto combustível está sendo gasto, quais rotas estão sendo seguidas etc.
Esses dados auxiliam a empresa gestora de frotas a tomar decisões mais acertadas, resolver problemas mais rapidamente e economizar. No entanto, é preciso também pensar no tipo de frota de carros a ser adotado.
A frota própria é composta por carros comprados pela empresa – ou seja, ativos. Geralmente, a ação se dá via CNPJ, já que são de propriedade da companhia, e todos os direitos e responsabilidades relacionadas ao veículo também pertencem a ela.
A grande vantagem da frota própria para as empresas é a centralização. Alguns empreendedores preferem centralizar todos os processos – inclusive os que dizem respeito à compra e revenda dos automóveis que operam para a companhia.
No entanto, as desvantagens aparecem em maior número quando tratamos de frota própria. A desvalorização dos automóveis acontece de maneira muito rápida e sem chance de recuperação.
Além da depreciação natural do carro, na grande maioria das vezes, as empresas não conseguem revender os veículos pelo valor indicado na tabela Fipe.
Existe também o excesso de burocracia e operacional gerada pela compra dos veículos. A empresa precisa estudar os modelos ideais para a frota, pesquisar preços no mercado, negociar com montadoras, fazer a compra, providenciar documentação etc.
Ainda, é necessário fazer seguro, apanhar os carros, agendar revisões, fazer manutenções, tentar revendê-los e reiniciar todo o processo para renovar a frota.
Com a escolha de frota própria, a empresa também corre o risco de errar na compra dos veículos por falta de consultoria especializada. Outro ponto de atenção é justamente a imprevisibilidade de custos.
Neste tipo, os carros pertencem à empresa durante o período de vigência de contrato junto ao fornecedor. Frotas terceirizadas por fornecedores experientes podem trazer benefícios interessantes.
Na perspectiva econômica também existem vantagens: empresa com frota terceirizada não arca com perdas por desvalorização do veículo, revenda ou impostos sobre bens.
Além disso, as empresas que optam por esse modelo de frota de carros sempre operam com 0 km. A cada renovação de contrato, atualiza-se também a gama de veículos para uso.
No entanto, há pontos negativos. Alguns empreendedores acreditam que a principal virtude da frota terceirizada é o fato de o ativo não ser da empresa.
Porém, ao avaliar o Custo Total de Propriedade, é possível identificar que determinados tipos de ativo são um dreno para a companhia – geralmente, carros entram nessa definição.
Para a maioria das empresas, possuir o veículo como ativo não vale a pena pois não traz lucros; ao contrário, acumula despesas extras.
A frota alugada, por sua vez, é uma espécie de “rent a car” (tradução: alugue um carro) para empresas. Em outras palavras, a companhia aluga carros para utilizar por um período curto – dias ou semanas.
Por isso, não costuma ser uma modalidade de operação incorporada a estratégias de longo prazo.
Uma das pautas atuais em discussão nos grandes centros urbanos do mundo é sobre como otimizar a mobilidade nesses locais. Pensando nisso, surgiram as chamadas frotas leves.
Como o nome já diz, trata-se de uma frota composta por veículos leves, como carros de passeio. Nem todos os seus negócios vão exigir o transporte de muitas pessoas – ou de grandes cargas – simultaneamente. Para tarefas menores e deslocamentos de rotina, vale mais a pena ter veículos práticos e eficientes.
Várias empresas possuem equipes técnicas que circulam por diferentes lugares. Algumas atendem os clientes diretamente, enquanto outras atuam em filiais, na medida do necessário, fazendo vistorias e manutenção em equipamentos.
Em ambos os casos, elas não devem precisar de um veículo muito grande. Pelo contrário, quanto mais prática for a opção, melhor, pois a maioria dos colaboradores já estão aptos a dirigir tipos menores.
Além disso, veículos leves são mais práticos, pois podem ser utilizados no dia a dia da equipe, demandando apenas os cuidados básicos que qualquer pessoa deve ter com um carro particular. E ainda é possível transportar boa variedade de equipamentos necessários ao trabalho, sem dificuldades.
O custo total gerado por carros de menor porte é consideravelmente pequeno quando comparado a frotas mais pesadas. O consumo de combustível reduz bastante, pois os motores não precisam da mesma potência para transportar um pequeno número de pessoas.
Tais veículos também geram menos gastos secundários, como em pedágios, desgaste de pneus e o mesmo treinamento da equipe para prevenção de acidentes.
Em termos de otimização da mobilidade urbana, o deslocamento nos grandes centros costuma ser intenso, às vezes caótico. Portanto, o uso de frotas leves é uma alternativa para fugir do congestionamento.
O volume de carros circulando durante o horário comercial tende a atrasar bastante qualquer viagem que normalmente duraria poucos minutos. E o problema torna-se mais grave quando são utilizados veículos de grande porte, que demandam mais espaço para deslocamento.
Por isso, ao utilizar veículos de pequeno porte, que manobram com facilidade e podem estacionar em praticamente qualquer vaga disponível, boa parte dos problemas do trânsito são evitados.
Por fim, os carros de frotas leves não estão sujeitos a restrições de faixas e horários.
Deixando de lado a frota corporativa, é importante ressaltar como a frota de carros no Brasil evoluiu nos últimos anos. Até porque, seu progresso relaciona-se diretamente com o crescimento econômico, as mudanças de hábitos e tendências de mercado.
De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), em 2018, a frota brasileira de veículos cresceu 1,9% em comparação ao ano anterior. Foram contabilizadas 44,80 milhões de unidades circulantes, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
Registrou-se também 13,12 milhões de motocicletas em vias públicas em 2020, representando declínio de 1,2% na quantidade de unidades trafegando.
As projeções de veículos em circulação indicam crescimento de 2,3% em 2019, ante 2,6% em 2020. Se confirmadas, a frota brasileira alcançará, em termos absolutos, 45,8 milhões e 47,1 milhões de veículos, respectivamente, para os anos em questão.
Dados do IBGE apontam um aumento contínuo de automóveis entre 2010 e 2018, que passaram dos 37,1 para os 54,7 milhões de unidades no período. Além disso, para carros, caminhões e ônibus circulantes, as informações do Sindipeças também indicam salto positivo.
De 2009 até 2018, o número evoluiu de 29 para 44,8 milhões, sem quedas. Já em relação às motocicletas, apesar do aumento nas compras, a elas passaram a ser menos vistas nas ruas – o que pode ser interpretado como mais pessoas deixando motos antigas na garagem.
Segundo o Sindipeças, das 13,5 milhões de motos circulantes em 2016, o volume passou a 13,1 em 2018 – ou seja, queda de aproximadamente 3%.
A idade média dos automóveis que rodam o país é de 10,2 anos, também de acordo com o Sindipeças. Esta avaliação é feita com o intuito de medir como estão, em linhas gerais, as condições dos carros que circulam pelas ruas do Brasil.
Com o aumento da idade dos veículos, entende-se que há uma maior probabilidade de acidentes veiculares e elevação dos índices de poluição.
Desde 1995, a média de idade da frota de veículos brasileiros não ultrapassa os 10 anos, quando ficou em 10,3. Esse número vinha decaindo com o passar do tempo, chegando a atingir os 8,6 em 2013. Porém, a onda de desempregos, sobretudo a partir de 2014, gerou novo aumento.
Por fim, o processo de diminuição ou alta da média de idade da frota está totalmente atrelada ao poder aquisitivo da população. Em momentos de crise, o consumidor deixa de trocar de automóvel e de atualizar os modelos em circulação.
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