O crescimento da demanda aumento da produtividade e do desempenho, ao mesmo tempo em que se reduz os impactos ambientais, tem transcendido as fronteiras do agronegócio para se tornar uma missão da cadeia produtiva. No mundo dos caminhões, por exemplo, esta tarefa tem sido impulsionada pela evolução do filtro sedimentador e dos filtros em geral.
Os caminhões são elementos fundamentais para o funcionamento da economia nacional. São eles os principais responsáveis pelo escoamento de toda a produção interna – seja ela industrial ou agrícola.
Como medida do impacto desses veículos pesados em nosso cotidiano, basta lembrarmos da greve dos caminhoneiros – há dois anos – que com uma duração de pouco mais de 10 dias, modificou diversos de nossos hábitos cotidianos e causou severos danos para a economia local.
Em contrapartida, no entanto, o modelo logístico ancorado prioritariamente nas vias rodoviárias tem seus custos.
Pesquisas realizadas pela Universidade da Califórnia revelaram, por exemplo, que motores movidos a diesel produzem poluição sete vezes maior do que àqueles cuja combustão é realizada pela gasolina – fator que coloca os caminhões como responsáveis por 80% na população do território estadunidense, país que, assim como o nosso, tem na rodovia sua principal via logística.
Como, então, resolver essa equação? Os caminhões são fundamentais para o funcionamento de nossa sociedade, mas – ao mesmo tempo – tal como são suas configurações, representam efeitos nocivos à nossa sustentabilidade ambiental. É nesse contexto que a atuação dos filtros, como os produzidos pela Tecfil – líder do segmento no Brasil, ganham importância inquestionável, sobretudo quando somamos os benefícios ambientais às suas capacidades de aumentar substancialmente o desempenho dos motores dos veículos pesados.
Filtro sedimentador, filtro separador, separador de água… Seja qual for a alcunha escolhida para se referir a este componente, o reconhecimento de seu caráter indispensável para a sustentabilidade do motor do veículo movido a diesel é de conhecimento universal.
Sua função é separar toda e qualquer partícula de água e, claro, de sujeira que possa estar contida no óleo diesel assim que este deixa o tanque de combustível para alimentar o sistema do caminhão.
Alguns dos efeitos da má qualidade ou de uma danificação deste componente fundamental é a possibilidade dos elementos contaminadores do combustível gerarem sérios danos no sistema de injeção do caminhão – bem como acarretarem sérios custos de manutenção a peças como bomba injetora e bico injetor.
Conforme dissemos no início deste tópico – porém – mais do que filtrar possíveis contaminadores do óleo diesel antes que eles chegem ao motor, o filtro sedimentador tem por objetivo fundamental a retirada da água do combustível.
Isto porque a água é, por si só, considerada pelos engenheiros como um contaminante neste contexto – já que pode, com o tempo, causar corrosões que levem à presença de micro-organismos no motor, prejudicando sensivelmente o desempenho do sistema.
Em diversas ocasiões, aliás, o diesel sofre a ‘contaminação’ pela água ainda quando no tanque de abastecimento do posto de combustível ou em usinas. Razão que reforça a necessidade da presença do filtro.
Sabemos que à primeira vista o tratamento da presença da água como um contaminante inibidor de desempenho e fator de diminuição da vida útil do veículo pode parecer um tanto estranho.
No caso da mistura do H2O com o óleo diesel responsável por realizar a combustão do veículo, no entanto, esta situação é velha conhecida dos engenheiros e caminhoneiros mundo afora.
Por conta disso, a utilização de um bom filtro sedimentador de custo médio de R$ 40,00 – podendo ser encontrado por até R$ 36,06 no site de fabricantes renomados como a Tecfil, é vista como um dos maiores custos benefícios existente no mundo dos pesados.
Isso acontece porque a presença de água no combustível pode provocar danos severos no sistema do caminhão. Sistemas estes cuja reparação suplanta largamente o investimento realizado com a substituição periódica do filtro sedimentador.
Para demonstrar o potencial danificador da mistura de partículas da água no óleo diesel, separamos 10 problemas que podem ser causados por este cenário:
1) Oxidação das partes metálicas do sistema
2) Saturação prematura dos filtros
3) Alto consumo de combustível
4) Problemas de arranque
5) Desgaste na bomba de combustível
6) Danos aos bicos injetores
7) Perda de potência do motor
8) Afeta a lubricidade do diesel
9) Afeta a pressão do sistema
10) Exige maior frequência de manutenção
Agora que você sabe da importância do filtro sedimentador para o desempenho e a durabilidade dos motores cuja combustão é a realizada pelo óleo diesel, o próximo passo é saber qual filtro comprar.
Obviamente, o primeiro passo é buscar se atentar ao modelo recomendado pela montadora – se certificando de que a empresa responsável por fabricar o filtro possui a credibilidade e a tradição capazes de garantir a qualidade de seu produto.
Nesse contexto, a aquisição componentes de empresas que como a Tecfil – testam exaustivamente seus produtos – devem ser priorizadas pelo proprietário do caminhão e/ou a empresa dona da frota, ao passo que a opção por um produto mais barato no ato da compra do filtro pode ser revertido em um crescimento exponencial dos gastos provenientes da má qualidade da filtragem da peça escolhida.
Basta lembrar que um filtro sedimentador inadequado – com baixa eficiência na separação das partículas de água presentes no diesel – irá, no mínimo, reduzir a potência do motor e aumentar seu consumo de combustível. Além de se certificar da qualidade do filtro, é indispensável que o responsável pela administração do veículo se atente à periodicidade com que deve ser realizada a troca deste componente. Não apenas no que diz respeito ao filtro sedimentador. Mas a todos os demais filtros presentes no sistema do veículo a diesel.
Embora essas questões sempre variem de acordo com as especificações presentes no manual do fabricante do motor, especialistas afirmam que o limite máximo para a substituição dos filtros se coloca na marca de 25 mil km, podendo variar (sempre para baixo) de acordo com as condições de rodagem aquele veículo. Além dos períodos padronizados os filtros devem ser substituídos em momentos em que o veículo sinaliza tal necessidade. Sinalizações estas que a Tecfil, maior fabricante de filtros da América Latina, destacou em seu blog oficial . Os principais sinais são: dificuldade na aceleração, perda de potência nas partidas, diminuição no desempenho, consumo de combustível, marcha lenta irregular, e lâmpada de advertência acesa.
Quando o filtro de combustível está passando por algum problema, é comum que o carro passe a não responder tão bem aos comandos do condutor. Se pisar no pedal da aceleração até o fundo não está mais funcionando, pode ser sinal de que o veículo precisa ser levado ao mecânico.
Da mesma forma, se o condutor percebe que o arranque não é realizado de uma forma tão tranquila (ou seja, quando a partida se torna mais difícil ou até mesmo não pega), também é bom verificar se o defeito está no filtro.
O rendimento do carro está prejudicado? Não consegue acelerar nem frear com tanta facilidade? Não consegue manter a velocidade do carro alta e constante? Esse é outro dos sintomas.
Se o carro de repente passa a correr menos com uma quantidade maior de combustível, é sinal de que há algo de errado. Embora o problema possa estar associado a muitas peças diferentes do carro, o filtro desgastado é uma delas.
O carro tem engasgado muito e andado de forma estranha e desnivelada em primeira ou segunda marcha? Essa irregularidade é uma das principais maneiras de identificar problemas no filtro de combustível.
O carro possui uma série de pequenas lâmpadas que advertem o motorista sobre algum problema que está acontecendo ou que pode vir a acontecer. Elas podem ser até mesmo aquela luz que indica que os passageiros precisam apertar o cinto. Mas é bom conferi-las sempre: pode ser que indiquem problemas na bomba de combustível também.
“Caso um desses sintomas (ou vários deles) estejam atingindo o seu carro, é sempre importante tentar entender o que pode ter de errado com ele. E, por mais que o filtro de combustível em si seja muito simples e tenha um descarte muito fácil, sua troca não é assim tão intuitiva – e é melhor que seja endereçada a um profissional do ramo”, afirmou a marca, antes de acrescentar.
“Todos os sinais citados no tópico acima podem estar relacionados a um mal estado do filtro de combustível. Sempre que o motorista os identificar, é bom que verifique o filtro e, caso necessário, substitua-o”.
Países ao redor do mundo, com destaque para o continente europeu, têm encontrado no avanço tecnológico maneiras de diminuir o impacto ambiental da utilização do diesel como força motriz dos caminhões e ônibus.
Aqui no Brasil, pesquisadores e grandes empresas tem encontrado nos filtros de partículas uma forma de mitigar substancialmente os danos ecológicos causados pelo combustível, colocando-o em um patamar semelhante a veículos como gasolina, por exemplo.
Em artigo publicado na revista Scientific Reports, o pós-doutor do Departamento de Física Aplicada da Universidade de São Paulo (USP) – José Ferreira de Brito, apontou que os filtros já disponíveis no mercado possuem a possibilidade de eliminar 95% das emissões de gases, resultado que o permitiu apontar categoricamente que são eles as opções mais viáveis para amenizar a situação atual no curto prazo.
Além de diminuir o impacto dos pesados no meio ambiente – situação que, para Brito, é urgente, ao passo que ônibus e caminhões, que representam apenas 5% da frota veicular nacional, são responsáveis por metade da concentração de compostos tóxicos na atmosfera, os filtros também são as soluções mais viáveis sob o ponto de vista econômico.
Para chegar a esses resultados, Brito – juntamente com outros cinco pesquisadores, mediu o índice de partículas de escalas nanométricas, ozônio, acetaldeído, benzeno, tolueno e o carbono negro, composto emitido por combustão e responsável pela fumaça preta observada em escapamentos.
Todas as vezes que alguém cita o termo sustentabilidade, a tendência é nos conectarmos imediatamente com a pauta ambiental. Associação que não está equivocada, mas está longe de fazer jus à complexidade do tema. Isso porque a sustentabilidade, em seu sentido amplo, se sustenta em um tripé composto por três diferentes pautas: ambiental; econômica; e social.
Por esse motivo, propostas radicais que insinuem a necessidade de encostarmos nossos caminhões em prol do meio ambiente – além de virem acompanhadas de um severo desconhecimento da tecnologia atual – estão longe de se encaixarem na pauta sustentável.
Para que se encontre soluções realmente sustentáveis para a temática da logística e da mobilidade no país, é preciso unir cada uma dessas esferas.
Sem o filtro sedimentador, por exemplo, os veículos movidos a diesel perdem potência e produtividade. Além disso estão muito mais suscetíveis a gastos adicionais provenientes do excesso de consumo de combustível e de quebras de componentes.
O filtro de partículas, por sua vez, diminui a eliminação de gases poluentes na atmosfera – permitindo com que os caminhões sigam realizando seu trabalho indispensável no escoamento da produção, sem ferir o bem mais precioso e democrático que todos temos: o planeta terra.
Toda essa engrenagem composta pelo mundo dos pesados – onde também estão incluídos os ônibus – afeta ainda diretamente a questão social e a vida dos cidadãos do país.
Afinal, são os caminhões que escoam a produção agrícola e faz a comida chegar às nossas casas. E são os ônibus atores fundamentais na mobilidade urbana por meio do transporte público.
Enfim. Muito se discute sobre inovações disruptivas e mudanças de modelos sociais capazes de fazer de nosso modo de vida um modo mais sustentável. Claro que é preciso buscar mais. Mas é fundamental que reconheçamos o valor das ‘pequenas-grandes-coisas’ cotidianas. E, claro, dos ‘pequenos-grandes-componentes’ como os filtros automotivos.