A função primordial do filtro de óleo para motos é a de realizar a retenção das impurezas do sistema de lubrificação do motor.
Se antigamente o filtro de óleo para motos era restrito a alguns modelos pontuais, hoje ele está presente na grande maioria dos modelos que trafegam diariamente nas vias das cidades brasileiras.
Tal como para os automóveis, esse componente é fundamental para garantir o bom funcionamento do motor, além de aumentar a sua vida útil.
De modo geral, as impurezas retidas pelo filtro são geradas pelo contato do motor com a porção de ar externo que escapa pelo filtro de ar. Isso também ocorre a partir da ação dos componentes que produzem a força motriz dos veículos.
Por terem uma estrutura majoritariamente metálica, componentes como engrenagens, pistões, anéis e mancais produzem pequenos ‘farelos’ (partículas de metal) a partir do atrito entre eles.
Esses farelos, somados à já citada inevitável presença de poeiras e outras sujeirinhas do motor, acabam se juntando ao fluxo de óleo. Tais elementos aumentam a viscosidade do produto, diminuindo sua efetividade tanto na lubrificação do motor, como para reduzir a temperatura do sistema.
Por isso a importância de um bom filtro de óleo para mitigar a presença desses ‘corpos estranhos’.
Com o passar do tempo, essas impurezas geram um desgaste prematuro dos componentes, e – pior do que isso, comprometem toda a saúde do motor, tornando-o mais propício ao superaquecimento e à fundição.
Embora possua tamanho significativamente menor em relação aos filtros utilizados em carros e caminhões, a estrutura do filtro de óleo para motos é bastante similar a eles, bem como o seu funcionamento.
Seus componentes são: entrada para receber o óleo sujo; saída para devolver ao motor o óleo filtrado; junta de vedação; rosca de conexão; válvula de retenção; tubo de suporte; carcaça do filtro resistente à pressão; um meio filtrante e uma válvula de segurança.
Em primeiro lugar, é imprescindível que comecemos este tópico respondendo uma dúvida corriqueira entre os proprietários de veículos – sejam eles motos, carros, ônibus ou caminhões.
“É preciso trocar o filtro todas as vezes que eu for realizar a troca do óleo?”. A resposta é ‘sim’.
Todo filtro de óleo mantém algum volume do lubrificante usado. Por mais que ele filtre todo o óleo que passe por ele, esse produto estará inevitavelmente ‘contaminado’ com alguma quantidade de impureza, ainda que pequena.
Portanto, quando o filtro não é substituído no momento da troca do óleo, esse lubrificante ‘maculado’ entrará em contato com o líquido novo que acabou de ser inserido na motocicleta. Assim, eles se misturam, diminuindo a taxa de pureza do produto recém-colocado.
Além disso, por melhor que o filtro seja – ele perderá sua efetividade depois de um período de atuação, ao ter sido exposto a impurezas e ‘corpos estranhos’ de diversas naturezas.
A boa notícia para aqueles que têm a motocicleta como principal meio de transporte individual é que os filtros de óleo para motos custam bem menos, se comparados aos dos carros.
Ao consultarmos os filtros da Tecfil, líder do mercado, verificamos que seus preços variam de R$ 5,00 a R$ 18,00 – a depender do modelo da moto buscado.
Como em quase tudo que envolve a manutenção de veículos, o primeiro passo é ler com atenção e se ater às recomendações dos fabricantes no documento conhecido como ‘Manual do Proprietário’.
Por lá, você pode consultar informações diversas não apenas a respeito do intervalo entre as trocas de óleo (o prazo da primeira pode variar em relação ao prazo das demais), mas também sobre o tipo de óleo que deve ser priorizado.
Esse último aspecto deve receber uma atenção ainda mais especial dos motociclistas. Isso porque as motos possuem um escopo mais amplo de variação de acordo com o porte e a potência do veículo.
Nesse contexto, portanto, o dono da moto deve verificar no manual a recomendação para seu motor em relação a especificação numérica (por exemplo, 5W40) e às letras que seguem essa numeração.
O número menor se refere à viscosidade do óleo lubrificante em temperatura baixa. Já o maior diz respeito ao produto em temperatura alta. As letras, por sua vez, indicam a ativação do lubrificante.
O blog da Metalcava – empresa especializada na produção de equipamentos voltados aos reparadores de motocicleta – destaca o seguinte:
“Os motores motociclísticos utilizam óleos que levam em consideração a embreagem. É que boa parte delas é do tipo ‘em banho de óleo’, e desta forma a formulação dos aditivos prevê tal aspecto técnico”.
E completa:
“Se você usa um óleo com viscosidade igual a recomendada no manual do proprietário, mas com a aditivação diferente, pode causar sérios problemas no funcionamento da embreagem da sua motocicleta”.
Voltando à questão do prazo da troca, a regra geral é que as motos de baixa cilindrada – como as 125cc – tenham seus lubrificantes totalmente substituídos a cada 3.000km rodados (e, até a primeira troca, 1.000 km). E lembre-se de incluir o filtro nessa equação!
Já modelos mais potentes e de engenharia mais complexa estabelecem em seus manuais um prazo máximo de até 4.000km.
É importante ressaltar que o proprietário deve manter atenção constante a esse ponto, para além do manual, pois podem existir várias outras especificidades.
A depender do terreno no qual ele trafega, ou ainda da velocidade média que ele imprime em seu cotidiano, o motor da moto e – por conseguinte – o lubrificante que nele circula -, pode responder de maneiras diversas.
Dessa maneira, é fundamental que o proprietário adquira o hábito de verificar o nível do óleo e sua viscosidade periodicamente, completando-o e/ou substituindo-o. Dica extra: sempre que for completar o óleo, opte pelo mesmo tipo utilizado na última troca.
Uma outra questão vital diz respeito à atenção para a validade do lubrificante – geralmente estabelecida em seis meses.
Portanto, mesmo que a moto tenha sido pouco utilizada no semestre – tampouco atingido a quilometragem máxima indicada pelo manual – a troca é necessária. Afinal, um óleo lubrificante vencido pode causar verdadeiros estragos no motor.
Seja você um reparador de motocicletas, um profissional de posto de gasolina, ou um proprietário para lá de cuidadoso, este tópico irá lhe interessar.
Aqui, apresentaremos um passo a passo para ensinar os princípios básicos de como se trocar óleo dos vários modelos de motos existentes no mercado brasileiro.
Para fazê-lo, recorremos à cartilha divulgada por um dos principais gurus do motociclismo tupiniquim – o jornalista e piloto Roberto Agresti, que, ainda em 2016, ofereceu os 12 mandamentos indispensáveis para a tarefa.
Como de praxe, porém, nos permitimos acrescentar alguns comentários pontuais a partir da expertise acumulada através de anos no trato com filtros de óleo para motos. Confira a cartilha abaixo e nunca mais erre!
Passo 1 – Verifique se você tem a ferramenta de medida adequada para soltar o chamado “bujão”, nome dado ao parafuso (geralmente de cabeça sextavada) que está na parte inferior do cárter do motor. Normalmente, ela está presente no kit que integra a maioria dos modelos.
Passo 2 – Agora é hora de se informar sobre a necessidade ou não de substituir, a cada troca, a arruela do bujão. Esse dado deve, invariavelmente, constar do manual do proprietário. Tenha-o em mãos durante todo o processo!
Passo 3 – O momento é de soltar o bujão, sempre com o maior cuidado possível para colocar sob o cárter do motor um recipiente para armazenar o óleo usado.
Passo 4 – Um fator importante aos quais poucos profissionais de reparação – mesmo os mais experientes – se atentam: aqueça o motor antes da operação começar! Isso porque o óleo quente, menos denso, sairá mais fácil do cárter.
Passo 5 – Agora que o óleo está quente, deixe-o escorrer por ao menos cinco-dez minutos, sempre lembrando de retirar a tampa superior por onde entrará o óleo novo. Sem essa tampa, o óleo escorrerá mais rapidamente.
Passo 6 – Aqui, você irá fechar o bujão previamente aberto – sem apertá-lo com tanta pressão. Lembra do manual do proprietário? Então, chegou a hora de consultá-lo novamente. Ele traz a indicação do torque necessário a partir do qual você poderá exercer uma força exata com o uso de um torquímetro.
Caso você não tenha um torquímetro em mãos, sugerimos o uso do bom senso para não exagerar no aperto e, claro, não deixar o bujão frouxo demais.
Passo 7 – Evite produzir sujeira e desorganização ao munir-se de um funil simples para colocar o óleo novo. Verifique novamente o manual do proprietário para confirmar a quantidade exata a ser inserida no cárter.
Passo 8 – Cheque o nível do óleo lubrificante antes de completar a operação. As motos mais atuais chegam equipadas com visores transparentes, a partir dos quais é possível ver as marcas dos níveis máximo e mínimo.
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