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Condições adversas de dirigibilidade: motorista, redobre os cuidados!

Por Filtros Tecfil

Existem diversas condições adversas de dirigibilidade. Porém, aquelas relacionadas à iluminação – como dirigir na penumbra – são as que mais exigem atenção extra do condutor.

Para que o motorista realize uma viagem tranquila pelas vias do País, apenas aquelas em boas condições não são o suficiente. É necessário prestar atenção às condições adversas de dirigibilidade, ou seja, fatores que podem atrapalhar sua condução, como penumbra, condição climática, entre outros.

Caso o motorista não saiba o que fazer nessas situações, as chances de acontecer um acidente são altas. 

Condições adversas de dirigibilidade 

São um conjunto de circunstâncias perigosas ou inesperadas que oferecem risco de acidentes durante a viagem. Tais fatores são classificados em seis tipos: iluminação; tempo; via; trânsito; veículo; e condutor. 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Seguro DPVAT, nos primeiros meses de 2018, 23% das indenizações do seguro foram para acidentes ocorridos ao anoitecer – entre 17h e 20h – com motoristas e motociclistas. A partir desses dados, podemos inferir que a falta de iluminação está entre as principais causas. 

Fenômenos naturais relacionados ao clima também se enquadram nas condições adversas de dirigibilidade. Chuva, vento, frio, calor, neblina, granizo e cerração são alguns deles, e podem atrapalhar bastante a condução do veículo, especialmente em estradas.

Em caso de chuva, a pista pode ficar muito escorregadia, formando-se até poças d’água que prejudicam os freios do carro. Assim, prejudica-se a eficiência. Além disso, tal cenário é passível de gerar aquaplanagem, isto é, os pneus reduzirem sua aderência. 

Nessas situações, é fundamental que o motorista: reduza a velocidade, acione a luz baixa do farol, aumente a distância em relação ao carro da frente, evite frear de forma abrupta, fique alerta em relação à baixa visibilidade.

O condutor também deve – em caso de granizo ou chuva extremamente forte – parar em um lugar seguro até diminuir a intensidade da água.

Carro na chuva

Em caso de alagamento, o quadro fica ainda pior, pois é provável haver paralisação total do motor em função da sucção da água, além de uma pane no sistema elétrico, afetando o funcionamento de vidros e travas elétricas. 

Desse modo, é essencial tomar certas medidas, como engrenar a 1ª marcha (marcha forte) e atravessar a região mantendo a aceleração constante, para evitar a entrada de água no escapamento do veículo.

Outro item importante: não tente ultrapassar locais onde a água está acima da metade da roda; e, durante a travessia para um lugar menos alagado, nunca troque de marcha (procure não usar a 2ª e 3ª).

Em caso de neblina, há uma forte perda de visibilidade; diante disso, o motorista precisa redobrar a atenção, acendendo o farol em luz baixa. No entanto, se for necessária uma parada de emergência na via, sinalize a pista e mantenha o pisca-alerta ligado. Em pistas sem acostamento, procure um lugar seguro para estacionar. 

Embora muitas pessoas acreditem que o vento não causa problemas aos motoristas, esse fenômeno também é uma adversidade para quem está dirigindo. Ventos muito intensos, especialmente na saída de túneis, podem deslocar o veículo, ocasionando perda de estabilidade e falta de controle. 

Portanto, o condutor também deve ter cuidado com a vegetação, as árvores e analisar a direção do vento. Aqueles bem fortes, vindos de frente, são perigosos e exigem redução imediata da velocidade. No caso de ventos transversais ao carro, o ideal é abrir as janelas, sempre redobrando a atenção.

Porém, não basta ficar alerta somente em relação ao seu veículo. Isso vale também aos que estão do seu lado, principalmente os mais altos. Segundo especialistas de direção defensiva, ao ultrapassar carros grandes, é preciso atenção às variações do vento e ao controle sobre o volante.

Em caso de penumbra ou lusco-fusco, o que fazer? 

Além dos fenômenos naturais, as circunstâncias causadas por excesso e ausência de luz também oferecem risco ao motorista, e estão na lista das condições adversas. A princípio, a penumbra (ou lusco-fusco) é uma situação em que a incidência de luz é baixa, ocorrendo geralmente ao amanhecer e ao anoitecer.  

A penumbra é perigosa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, tornando cada vez mais difícil reconhecer objetos, avaliar distâncias corretamente e, principalmente, ver e ser visto, o que pode ser a origem de muitos desses acidentes, sobretudo se você está em uma via com baixa iluminação.

Dessa forma, se você pegar o carro ao anoitecer ou nas primeiras horas da manhã, tome algumas medidas, como reduzir a velocidade e trafegar com a luz baixa. 

No entanto, para os motociclistas, a situação fica ainda mais perigosa, pois nesse período a luz dos faróis dos demais veículos confunde a visão do motociclista; portanto, é essencial redobrar a atenção. Além disso, no entardecer, podem acontecer ilusões de ótica e, por esse motivo, o motociclista deve conferir mais de uma vez antes de cruzar uma via ou realizar uma ultrapassagem.

A perda de noção de distância e profundidade estão entre os riscos para os condutores de veículos. Com a percepção afetada, os reflexos ficam mais lentos. Assim, mesmo que o motorista não sinta falta do uso de óculos durante o dia, essa condição piora à noite. Oftalmologistas recomendam óculos nos dois períodos. 

O lusco-fusco, por sua vez, é tão perigoso para os motoristas que pode até causar uma cegueira momentânea, ou seja, a visão diminui ou desaparece nos dois olhos ao mesmo tempo. Os motivos, geralmente, são de ordem neurológica, e o quadro também pode envolver enxaquecas. 

Por isso, dirigir em horários de lusco-fusco requer algumas regras. Primeiro, usar o famoso quebra-sol; segundo, acender os faróis; terceiro, usar um bom par de óculos de sol. Depois, é só colocar o cinto de segurança e seguir viagem.

Além dos cuidados que o motorista deve ter, é fundamental checar algumas partes do carro para evitar acidentes. Regule e mantenha seus faróis limpos, assim como a viseira e dos espelhos. 

Cuidado redobrado também durante a noite!

Encarar as ruas na escuridão é um dos maiores medos de vários motoristas, em especial daqueles que não têm o hábito de dirigir. O desconforto, em muitos casos, é gerado pela pouca iluminação da noite, às luzes dos faróis contrários – que podem ofuscar a visão – e à perda de detalhes. Fatores que, se não contornados, podem causar acidentes.

Tráfego noturno

Devido à infraestrutura precária na maioria das rodovias do Brasil, muitas vezes a iluminação delas depende apenas dos faróis dos veículos – grande parte dos trechos de vias rurais são bastante escuros. Portanto, é fundamental redobrar a cautela ao dirigir à noite. 

A intensidade das luzes de um farol, principalmente quando a luz alta estiver acionada, é de fato muito incômoda. Para evitar que ela afete sua visão ao cruzar com outro veículo, desvie o olhar e procure não mirar diretamente o farol do carro. Isso pode causar cegueira temporária.

Nesse caso, a recomendação é olhar para o lado direito da via, em direção ao acostamento.

No entanto, se estiver trafegando em uma rodovia mal iluminada, usar o farol alto pode ser um facilitador, desde que, ao passar por outro veículo, você abaixe o farol para não gerar no outro motorista o mesmo incômodo descrito acima.

Assim, algumas dicas para perder o medo e dirigir à noite com segurança envolvem reduzir a velocidade, manter as luzes do veículo em perfeitas condições e, na hora de cruzar com outro veículo, baixar os faróis. 

Condições adversas de iluminação também ocorrem à luz do dia

Ao contrário do que dizem por aí, dirigir de dia pode ser tão arriscado quanto à noite, também devido a questões de luminosidade. Durante o dia, duas condições adversas de iluminação podem gerar ofuscamento e forte incidência de raios solares. 

Os casos de ofuscamento ocorrem quando há muita incidência de raios solares; reflexos de luz solar; luz com alta intensidade no sentido contrário e alta incidência de luz no retrovisor. Em situações perigosas como essa, especialmente envolvendo farol alto, recomenda-se piscar o farol para alertar o outro condutor. 

Tratando-se de alta incidência de raios solares, os riscos são os mesmos; porém, as maneiras de tentar contornar o problema são outras. O motorista pode utilizar o quebra-sol (pala de proteção interna do veículo) ou óculos de sol para neutralizar a luz.

Além disso, é sempre bom lembrar que outros condutores também podem enfrentar essa mesma situação. Portanto, mantenha o farol aceso durante todo o trajeto.

Estrada ao amanhecer

Dessa forma, independentemente das condições adversas de dirigibilidade que o trajeto nas vias possa lhe oferecer, a principal dica é ficar atento às mudanças no clima, na luminosidade da via – seja durante o dia ou ao anoitecer – e tomar as devidas precauções para cada caso. Assim, você poderá realmente dirigir com mais segurança. 

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