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Banda de rodagem dos pneus: o que é, e qual a sua função

Por Filtros Tecfil

Parte do pneu que fica em contato com o chão, a banda de rodagem é essencial e precisa estar em condições ideais.

É simples. O que seria de um veículo sem os pneus? Ainda que seja uma questão óbvia, é importante entender aspectos que envolvem esses componentes e como cuidar deles da melhor forma.

Também não é difícil compreender o papel da banda de rodagem, pois o seu próprio nome indica: trata-se da parte do pneu que fica em contato direto com o chão.

Portanto, a qualidade de tráfego de um veículo depende diretamente dela. A banda de rodagem garante firmeza e aderência à máquina, e, consequentemente, segurança ao motorista e aos passageiros.

Nesta matéria, vamos explicar melhor as funções e características da banda de rodagem, além de dar dicas para preservar a vida útil desse componente tão importante.

Boa leitura!

Componentes da banda de rodagem

As bandas de rodagem são compostas por três partes: sulcos, ranhuras e barras.

Sulcos 

Canais localizados no sentido tangencial da banda de rodagem, os sulcos formam desenhos na superfície do pneu, que garantem aderência à pista. Em dias de chuva, eles drenam a água que entra, evitando deslizamentos e aquaplanagem

Por fim, os sulcos refrigeram os pneus quando o veículo está se locomovendo, impedindo, assim, o superaquecimento.

Ranhuras

O nome parece remeter a algo negativo, mas, na realidade, as ranhuras são essenciais para manter a integridade do pneu. Trata-se de entradas nas laterais da banda de rodagem, cuja função é diminuir a ressonância do pneu durante a movimentação. Além disso, elas viabilizam a refrigeração da borracha.

Barras

Se a tração fornecida aos veículos pelas rodas estão em dia, isso ocorre graças às barras, que são diretamente ligadas à potência da máquina.

Tipos de banda de rodagem 

Os desenhos produzidos pela banda de rodagem na superfície da borracha podem variar de acordo com tipo de pneu e a necessidade do veículo. Confira os estilos de bandas de rodagem existentes.

Simétrica

A banda simétrica é mais comum em veículos de passeio e têm produção mais barata. É caracterizada por ter os dois lados idênticos, com os mesmos desenhos. 

Assimétrica

Os sulcos desse tipo de banda possuem desenhos distintos e garantem melhor tração ao veículo. No entanto, aumentam as chances de os pneus se desgastarem de forma irregular. Ainda assim, o estilo assimétrico confere maior estabilidade e produz menos ruído.

Direcional

Na banda de rodagem direcional, os sulcos e ranhuras se alinham para uma mesma direção. É comum que pneus com esse tipo de banda tenham o desenho em forma de “V”. Essa configuração auxilia o veículo em curvas, sendo bastante comum em carros de competição.

Bidirecional

A base é a mesma em relação ao tipo anterior, mas, aqui, os desenhos se desmembram para várias direções. O estilo bidirecional também se parece com o assimétrico.

Indicação da banda de rodagem

Qual a hora certa para trocar o pneu?

Não há um número exato para substituição; afinal, cada veículo se submete a diferentes trajetos e condições de uso. Portanto, é essencial se atentar aos sinais de desgaste com o passar do tempo. 

No caso da banda de rodagem, ela conta com barras de desgate, justamente para ficarem visíveis quando problemas acontecem. Nessas situações, será necessária a troca.

Confira agora outros exemplos que podem indicar que chegou a hora de substituir os pneus do seu veículo.

Profundidade da banda de rodagem e o TWI

O TWI (Indicador de Desgaste do Pneu) é um artifício presente nos pneus. Ele consiste em uma pequena elevação de borracha localizada dentro dos sulcos. Sua finalidade é marcar o máximo de 1,6 mm de profundidade determinado por lei, como limite antes de o pneu ficar “careca”. Ao atingir essa medida, o pneu deverá ser trocado. 

Essa regra, determinada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), se aplica também quando somente um sulco atingir esse tamanho. Nesse caso, a não substituição pode render multa de R$ 195,23 e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Para verificar se os pneus estão cumprindo o requisito, a recomendação é comprar um medidor de profundidade de piso. Outra opção, mais popular e acessível, é utilizar um fósforo ou uma moeda de 1 real. Tanto a moeda quanto a cabeça do fósforo possuem aproximadamente 1,66 mm.

Por fim, destacamos que a banda de rodagem deve ser checada, em média, a cada 5000 km rodados.

Medindo profundidade da banda de rodagem com uma moeda

Pneus gastos

Se o condutor notar que as bordas dos pneus estão gastas, é preciso calibrá-los e constatar se não tem algum vazamento. Vale ressaltar que os pneus sempre perdem ar de forma espontânea. No entanto, os vazamentos podem acentuar essa perda, tornando a situação mais propícia a acidentes.

A calibragem é fundamental para a conservação do material e a dirigibilidade do veículo. Mas sem exageros. Enquanto rodar com o pneu murcho desgasta suas laterais mais rapidamente, enchê-lo demais aumenta o desgaste da banda de rodagem. 

O ideal é calibrar os pneus a cada 15 dias e com eles frios – ou seja, tendo rodado menos de 3 km antes da ação. Frios porque, desse modo, as partículas de ar ficam em condições mais estáveis e duradouras.

Por fim, caso o pneu apresente bolhas ou deformidades, é preciso trocá-lo imediatamente.

Desgaste irregular de um ou mais pneus

Os pneus do eixo dianteiro costumam se desgastar com maior facilidade; contudo, se a deterioração for além da conta, o ideal é checar o sistema de suspensão como um todo.

Caso os pneus do lado esquerdo ou direito estejam mais desgastados do que o outro, considere realizar um alinhamento. Agora, se houver pontos aleatórios nos pneus muito desgastados, é melhor balancear as rodas. Ocasionalmente, os pontos “carecas” podem ser sinal de problema nos amortecedores.

Em qualquer uma dessas hipóteses, leve seu veículo para ser avaliado por um profissional de confiança.

Desgaste na banda de rodagem

Cuidados com os pneus do carro

Para que os pneus do veículo fiquem em bom estado, é necessário ter algumas precauções, tais como: 

  • Calibrar os pneus periodicamente, de acordo com o manual do proprietário;
  • Fazer rodízio dos pneus; 
  • Evitar sobrepeso no carro;
  • Fazer manutenção preventiva com frequência.

Manutenção preventiva 

A manutenção preventiva tem como finalidade evitar futuros problemas que podem surgir no veículo. Nela, são avaliadas várias peças para checar se estão com bom funcionamento.

A manutenção preventiva tem várias vantagens. Por meio dela, seu bolso certamente irá pesar menos ao evitar falhas que o veículo pudesse desencadear.

Além disso, o motorista passa a ter mais confiança no veículo e segurança para dirigir. Tais aspectos retratam um veículo bem cuidado, que, consequentemente, adquire um maior valor de venda, caso essa seja a ideia no futuro.

Os pneus são itens que precisam dessa revisão. O alinhamento e balanceamento são procedimentos realizados na manutenção preventiva. O primeiro adequa o ângulo dos pneus em relação ao chão, enquanto o segundo distribui igualmente o peso do aro na roda.

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