As atividades sobre placas de trânsito são vitais para a educação. Seja ainda na infância, ou já nas aulas do Centro de Formação de Condutores (CFC), conhecer as placas é essencial. Além de se tornar um bom motorista, esse saber promove respeito nas ruas e forma cidadãos mais conscientes.
Anualmente, o Brasil ganha milhares de novos motoristas. Contudo, o número de pessoas interessadas em tirar a primeira CNH vem diminuindo nos últimos anos.
Um dos motivos é a quantidade de acidentes nas ruas. Só em 2019 houve um total de 30.373 óbitos por causa do tráfego brasileiro, de acordo com informações do Ministério da Saúde.
Segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), a desobediência às normas de trânsito é uma das principais causas de acidentes no País. Tendo em vista esse cenário, o ensino e cumprimento do que indicam as placas de trânsito é indispensável para maior segurança.
Confira nesta matéria as abordagens na infância, na autoescola e as principais ferramentas e atividades utilizadas.
A educação acerca do trânsito deve ser iniciada ainda na infância. Essa introdução às normas do tráfego, desde o primeiro ano do Ensino Fundamental, garante diversos benefícios.
Ela promove cidadãos mais conscientes sobre o que acontece à sua volta, futuros motoristas melhores, além de pedestres e ciclistas mais atentos.
A partir desses fatores, torna-se fundamental incentivar a realização de atividades sobre placas de trânsito, isto é, ensinar às crianças o significado de cada uma delas, juntamente com outras regras básicas.
Entender, por exemplo, que está entrando em uma rua sem saída pode evitar que uma criança entre em desespero. Saber em quais momentos pode-se ou não atravessar garante que não se envolvam em acidentes.
Como resultado, é criada uma geração mais responsável nas ruas, seja dirigindo um veículo, uma bicicleta ou simplesmente caminhando. Princípios como o respeito e cordialidade, nessa parte do cotidiano, são fortalecidos.
Além disso, essas crianças serão capazes de relembrar os adultos de algumas regrinhas básicas, se necessário.
A educação sobre placas de trânsito na autoescola é extremamente rasa, com um número escasso de atividades sobre o assunto. Embora a placa de trânsito seja um item de conhecimento essencial para um bom motorista, há a falta de ensino eficaz acerca do tópico.
Luana, de 19 anos, encerrou as aulas teóricas da autoescola recentemente em São Paulo. A jovem afirma que quase não teve conteúdo sobre placa de trânsito. Segundo ela, “não foi nada suficiente, senti que eles nem ensinaram isso”.
Luana também diz que as únicas atividades sobre placas ocorreram na última aula antes da avaliação, sem grande atenção da classe.
Uma outra estudante teve experiência semelhante. “Foi uma coisa muito simples, muito básica, que eu com certeza não vou lembrar depois de algum tempo, foi muito por cima”, relata Marina, de 18 anos.
Ademais, ela ressalta que na prova só caíram duas questões sobre o assunto.
Os relatos das futuras motoristas deixam evidente a educação precária que ainda se tem sobre as placas de trânsito. As atividades no CFC são rasas, breves, muitas vezes comentadas em uma única aula.
Outra situação frequente é o fato de o instrutor apenas mencionar a respeito dos exercícios sobre as placas de trânsito na apostila, cabendo ao aluno correr atrás ou não.
Consequentemente, muitos acabam aprendendo sobre o tema apenas por intuição e experiência, resultando em condutores menos preparados.
As atividades sobre placas de trânsito podem variar muito, principalmente por abrangerem distintas faixas etárias, desde crianças até adultos. No CFC, atualmente, as atividades sobre placas encontram-se na apostila, em meio a mais de 100 páginas sobre distintas normas de tráfego.
Na aula, como vimos a partir dos relatos acima, o tópico é abordado apenas de forma breve.
Entretanto, há pontos positivos. Um deles se refere aos simuladores de direção, que apresentam uma reprodução bastante fiel das ruas. Seu cenário pode ser uma estrada, um estacionamento, um percurso – todos incluindo as placas de trânsito.
Logo, é aí que o futuro motorista começa a ter contato, de fato, com esses elementos fundamentais para uma condução segura.
A ferramenta possui tecnologia suficiente para analisar até mesmo as reações do aluno diante das situações do tráfego. Embora seu uso tenha eficiência comprovada, os simuladores de direção não são mais obrigatórios na autoescola.
Assim, uma atividade benéfica para a formação do motorista torna-se dispensável. Isso prejudica, sobretudo, aqueles que ainda sentem amaxofobia, isto é, medo de dirigir.
Para os alunos do Ensino Fundamental, uma boa estratégia é apresentá-los às principais regras de trânsito por meio de jogos interativos, mais interessantes para crianças. Um bom método consiste em focar no uso de cores, fazendo-as compreender as placas e semáforos rapidamente.
Para quem frequenta escolas que não dedicam atenção ao ensino sobre o trânsito, há outros recursos educativos, principalmente online. Essas ferramentas podem ser usadas também por quem deseja uma experiência mais completa. Diversas opções estão disponíveis de graça na internet.
Primeiramente, com foco no público infantil, temos o game educativo “Caminhos para a Cidadania”. Essa é uma criação do Instituto CCR, com apoio da concessionária CCR Nova Dutra.
O “Responsa”, personagem criado para outras campanhas de conscientização no trânsito do Grupo CCR, se une às figuras de duas crianças: Lucas e Luiza.
Os avatares precisam combater as “Más Ideias” (ações inadequadas nas ruas) com auxílio do jogador, que aprende vários cuidados necessários no trânsito. Está disponível de maneira gratuita, clicando aqui.
Já no site de jogos infantis HVirtua, há um game específico sobre placas de trânsito. Ao final da experiência, a criança já saberá o significado de várias placas e terá aprendido de maneira dinâmica e virtual.
Para aqueles que já estão na autoescola, ou simplesmente já possuem idade e interesse em tirar a CNH, existem opções de aprendizado virtual também. Uma delas é fazer simulados online do Detran do seu estado.
Nem todos sabem, mas há aplicativos oficiais apenas sobre isso, disponíveis para download gratuito.
Para finalizar, trazemos uma lista com os vários tipos de placas de trânsito. Elas têm como objetivo manter o fluxo do tráfego seguro e em ordem. É imprescindível conhecê-las. Cada formato, cor e detalhe pode trazer um significado próprio. Confira:
Sua função é informar o motorista sobre condições, obrigações ou proibições no uso das vias. Geralmente, são brancas com contorno em vermelho, escritos e figuras em preto – exceto as placas de “PARE” e a seta para dar preferência.
As orientações dessas placas são mandatórias. Quem não respeitá-las, estará sujeito à infração.
Elas alertam sobre possíveis perigos na via, como animais por perto ou condições do trajeto. Também informa ao motorista o que vem à frente, para que tenha atenção e saiba o que fazer.
Como diz o nome, indicam e orientam o condutor sobre o local atual (estas, com fundo azul); ou destino, com fundo verde.
Orientam sobre a localização de alguns dos principais pontos turísticos da cidade, como museus, estádios e monumentos. Possuem fundo marrom.
Essas placas referem-se à conscientização dos motoristas para manter sua segurança. São retangulares, com fundo branco e letras pretas. Alguns exemplos são “USE O CINTO DE SEGURANÇA” ou “SOB NEBLINA USE LUZ BAIXA”.
Servem para alertar o condutor a respeito de irregularidades causadas por obras na pista. Possuem fundo laranja e detalhes em preto.
Um exemplo do quão detalhadas podem ser as placas de trânsito é a existência de duas placas de “PARE”. A vermelha, de regulamentação em formato octogonal, exige uma parada obrigatória.
Já a amarela, de advertência, indica que o veículo terá que parar um pouco mais à frente.
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